Seminário Regional “Nordeste 60 anos depois – Mudanças e Permanências”

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Tania Bacelar, da UFPE, falou do Nordeste na atualidade | Foto: Monyse Ravena

Está acontecendo entre os dias 27 e 29 de maio o Seminário “Nordeste 60 anos depois – Mudança e Permanências”, em Natal, no Rio Grande do Norte. O Seminário abre o ano de comemorações e debates que marcarão os 60 anos da realização do I Encontro dos Bispos do Nordeste, que aconteceu em 1956, em Campina Grande, na Paraíba e discutiu questões importantes para o desenvolvimento da região. O evento congrega representantes governamentais, entidades da sociedade civil, Universidades e centros de pesquisa e é organizado pela Arquidiocese de Natal e pelo Observatório Social do Nordeste.

 Nesta terça-feira, 27, a professora Tânia Bacelar, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foi a primeira conferencista a falar no evento. Ela apresentou um balanço social, cultural, econômico e ambiental do Nordeste entre os anos de 1956 e 2015 na Conferência, Nordeste 60 anos depois: Mudanças e Permanências. “Ainda existe uma falsa visão de que o Semiárido não tem futuro, mas os dados mostram que essa é a segunda região que mais cresceu ultimamente. Houve avanços na produção agropecuária da base familiar, especialmente a baseada na agroecologia e ampliação da infraestrutura hídrica de pequena escala”, afirma a pesquisadora.

Em seguida, Constantino Cronemberguer Mendes, do Instituto de Pesquisa Aplicada (IPEA) e Marcos Costa Lima, professor da UFPE discutiram o tema: “Os sentidos da democracia: participação e desenvolvimento”. O legado do economista Celso Furtado e os impactos das mudanças climáticas no nordeste brasileiro também foram temas discutidos no Seminário.

Para Yure Paiva, coordenador executivo da Articulação Semiárido (ASA) pelo estado do Rio Grande do Norte, o trabalho que a ASA vem desenvolvendo em todo o Semiárido há 15 anos contribuiu para mudar o paradigma do combate à seca para Convivência com o Semiárido e teve muitos avanços na descentralização do acesso à água, mas acredita, que o acesso à terra ainda é um desafio a ser superado nessa região e espera ver o tema discutido nesse ano de debates.

 

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