É possível fazer uma educação contextualizada

Experiências da Bahia ilustram os desafios, mas principalmente as potencialidades de quando se assume a contextualização como centro da educação
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Com o objetivo demonstrar como se dá a prática da educação contextualizada para o Semiárido, os educadores e educadoras visitaram duas experiências exitosas nesta quarta, 05 de março, segundo dia de Oficina Pedagógica de Educação Contextualizada, realizada pelo Programa Cisterna nas Escolas.
Primeira experiência, situada na Comunidade de São Bento, no município de Curaçá – BA, a Escola Municipal Liberato Félix Martins mostra como em seus 41 anos de existência venceu a luta por sua sede própria e a 28 anos constrói coletivamente seus materiais pedagógicos, formações e técnicas de educação tendo como base a convivência com o Semiárido e a agroecologia como tema a partir da inserção de seus alunos no cuidado com a cisterna e horta como prática pedagógica. Leia mais aqui.

Já os participantes do Ceará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Pernambuco visitaram a comunidade Massaroca do município Juazeiro, onde a Escola Rural de Massaroca (ERUM) ensinou como é possível incluir disciplinas especificamente contextualizadas no currículo escolar. Eles já incluíram na metodologia escolar um itinerário pedagógico que orienta o fazer e temáticas específicas do contexto a comunidade, que são ministradas em séries do ensino fundamental, aprofundando a educação recebida desde o ensino básico. Leia mais aqui.

Ficaram como impressão das visitas importantes questões lembradas para a construção da educação contextualizada do campo tais como a formação para igualdade de gênero, no sentido da construção simbólica das palavras, mas também no desenvolvimento da participação e protagonismos dos gêneros no processo pedagógico dentro e fora da escola. Além disso, se insere como tarefa especial para a ASA a formação para o gerenciamento da água armazenada na cisterna e sua utilização de forma responsável, bem como da valorização da alimentação produzida enquanto renda, segurança e soberania alimentar.

O sentimento é de que o debate político de apropriação da educação contextualizada, não como projeto paralelo ao executado pelas secretarias de educação, mas como pauta central de transformação do fazer educacional é necessário e urgente.

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