Mais famílias com acesso à água no Rio Grande do Norte
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Agricultores e Agricultoras comemoram a chegada das tecnologias sociais do P1+2 | Foto: arquivo Centro Padre Pedro Neefs. |
No começo deste ano, a ASA (Articulação Semiárido Brasileiro) e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) celebraram acordo de cooperação para a implementação de tecnologias sociais de captação de água da chuva para a produção de alimentos e criação de animais através do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), o termo na região do Médio Oeste Potiguar foi executado pelo Centro Padre Pedro Neefs.
A parceria foi encerrada no inicio deste mês, com a entrega de 320 tecnologias em 03 municípios do Semiárido Potiguar (Janduís, Olho D’água do Borges e Triunfo Potiguar). Muitas famílias agora terão acesso à água para produção, através das tecnologias sociais, como cisternas calçadão, cisternas enxurrada e barreiros-trincheiras. Além disso, cada família também recebeu um incentivo para fortalecer a sua produção de alimentos ou criação de animais. Elas receberam itens como mudas frutíferas, mudas de plantas medicinais, animais e também material destinado à infraestrutura. Cada família definiu o que desejava receber, de acordo com sua aptidão e necessidade, muitas delas, já aumentou a sua produção e acredita que a partir do incentivo do programa poderá melhorar a vida de sua família, bem como a sua renda.
No projeto, também foram realizados 03 intercâmbios intermunicipais e 02 intercâmbios interestaduais, o que significa que ao final do projeto mais de 100 agricultores e agricultoras trocaram experiências de técnicas de manuseio de plantio e inovações no Semiárido. A ação do P1+2 previu também a realização de dois cursos: Gestão de Água para a Produção de Alimentos (Gapa) e Sistema Simplificado de Água para Produção (Sisma). Nesses cursos, as famílias discutiram e debateram a estratégia de utilização da água e técnicas de irrigação como gotejamento e canteiro econômico.
Outro ponto favorável do programa foram às experiências sistematizadas nos candeeiros (boletim), que contou a história de agricultores e agricultoras do nosso semiárido, pessoas que se destacam na sua região pelo seu trabalho e dedicação a agricultura.
Com esta malha hídrica descentralizada, as famílias terão em suas propriedades condições mais adequadas de viver e produzir apesar das estiagens cíclicas naturais da região. Os agricultores e agricultoras comentam com alegria a chegada das tecnologias sociais da ASA, para Francisco Floriano da Comunidade de Permissão, município de Janduís “a cisterna vai poder manter minha família com frutas e hortaliças, e o que sobrar eu vou poder vender para meus vizinhos, dessa forma, além de garantir a alimentação da minha família, ainda vou ter renda”.
O Centro Padre Pedro Neefs, se sente gratificado em poder ter realizado com tanto êxito esse termo de parceria e acredita que o trabalho está apenas começando, pois ainda a muito que se fazer pelo semiárido potiguar e por todas as famílias de agricultores e agricultoras que vivem no sertão, marcado pela estiagem que agora ganha uma nova paisagem com a chegada das tecnologias sociais da ASA.