Ato público em Aracaju denuncia o uso de agrotóxicos

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A mobilização aconteceu na capital Sergipe | Foto: arquivo Asa Sergipe

A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, em Sergipe, realizou uma ação no centro de Aracaju para denunciar o uso de agrotóxicos nos alimentos consumidos pela população. A atividade iniciou com a concentração as 8 horas da manhã na Praça Fausto Cardoso, com a confecção de cartazes e faixas.   

A marcha ocupou as ruas por volta das 10 hs da manhã e passou em frente a Câmara dos Vereadores, na altura do Centro Comercial de Aracaju foram feitas várias falas alertando a população sobre o risco do uso dos agrotóxicos na produção de alimentos e distribuídos panfletos e cartazes sobre o tema.  A caminhada seguiu por dentro do Terminal de Transporte Urbano do Centro “Fernando Sávio” e avançou pela rua Arauá rumo a antiga sede do SENAR que hoje esta desativada, passando em frente a sede da Associação dos Produtores de Cana de Açúcar de Sergipe onde foram feitas falas sobre produção agroecológica e a importância dos produtos agrícolas produzidos sem agrotóxicos para a segurança alimentar das pessoas do campo e da cidade. E denunciado o uso da pulverização aérea que contamina os rios e afeta a todo o meio ambiente.

Segundo o comunicador popular da ASA Sergipe, Felipe Silva, os agrotóxicos causam danos à saúde extremamente graves. “Dia três de dezembro foi considerado dia de luta contra agrotóxicos e hoje é de convergir a pauta os riscos dos agrotóxicos. Há um índice de 5,2 litros de agrotóxicos por ano por pessoa, ou seja, a população não sabe dos riscos que corre e de como isso pode repercutir na saúde, além dos problemas ocasionados na natureza, como contaminação do rio e sementes transgênicas”.
Para o militante dos movimentos sociais e engenheiro agronômico, Jorge Rabanal: “O agrotóxico está impregnado no meio rural. 78% do que se usa de agrotóxico e veneno no Brasil é usado nas lavouras de agricultura de exportação como milho, soja e a cana. Tem agrotóxicos que são proibidos no mundo, mas permitidos no Brasil”.

O ato marcou O Dia Internacional de Luta Contra os Agrotóxicos, que é comemorado hoje dia 03 de dezembro e terminou por volta do meio dia na Praça Olimpio Campos com uma roda de conversa e contou com a participação de militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra- MST, Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA, Rede Sergipana de Agroecologia – RESEA, Levante Popular da Juventude, Articulação Semiarido Brasileiro (ASA) e de diversos estudantes universitários. 
 
Reivindicações
A data está sendo promovida no Brasil pela Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e Pela Vida, que reúne agricultores\as, ao lado de membros de instituições científicas, movimentos sociais e setores do poder público preocupados com os efeitos dessas substâncias na saúde da população e no ambiente brasileiro.

As principais reivindicações da Campanha são:
• A proibição da prática ineficiente pulverização aérea (que atinge no máximo 30% do alvo), a exemplo do que ocorre na União Europeia;
• O banimento de agrotóxicos já banidos em outros países do mundo (dos 50 agrotóxicos mais usados no Brasil, 22 já foram proibidos na União Europeia, por exemplo);
• O fim das isenções de impostos dadas aos agrotóxicos;
• A criação de zonas livres de agrotóxicos e transgênicos, para o livre desenvolvimento da agroecologia
• Maior controle para evitar a contaminação da água por agrotóxicos.

Mais informações
http://www.contraosagrotoxicos.org/

https://www.facebook.com/events/312915832229013/

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