“Meu sonho é ter uma horta assim, como é lindo de se ver.”
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A cisterna-calçadão de Dona Seissa e Seu Manoel e os visitantes |
Um grupo com 17 agricultores/as, em sua maioria mulheres, mais precisamente 15 agricultoras, do município de Tanhaçu, visitaram outras famílias agricultoras em comunidades rurais em Aracatu, na Bahia. Inicialmente, a visita ocorreu em cinco propriedades da comunidade Tamboril. A primeira parada foi na propriedade de Dona Seissa e Seu Manoel, que desenvolvem em seu quintal o cultivo de hortaliças. Atualmente, o cuidado fica por conta de seu filho Márcio, no entanto, os pais não deixam de ter uma participação efetiva e passam ao filho informações quanto às técnicas de plantios utilizadas e que deram certo. A tecnologia social implementada na residência da família é a cisterna-calçadão.
A visita na propriedade de Dona Maurina, bem como na propriedade de Dona Mailza trouxe aos olhos dos agricultores a diversidade de hortaliças que podem ser cultivadas: beterraba, cenoura, alface, coentro, salsinha, entre outras. Dona Celene, agricultora da comunidade de Tucum do município de Tanhaçu, afirmou com entusiasmo “é muito interessante essa troca de experiências, estou adorando e adoro viajar”.
Na comunidade Poço Dantas, onde está situada a Fazenda Lagoa da Roda e Lagoa do Eduardo, os visitantes conheceram a experiência da família de Dona Eva, que retira sustento da casa com a venda de temperos e hortaliças. Seu filho Marcelo sai pelo município e vende muitos temperos, bem como verduras. Eles têm na região clientela fiel e certa. Dona Teresinha e Dona Veranilda ficaram encantadas com tamanha beleza e variedade de coisas, como também a coragem das famílias em manter as hortas. Dona Ana Rosa disse encantada: “Meu sonho é ter uma horta assim, como é lindo de se ver”.
Os agricultores ali presentes, beneficiados do P1+2, puderam concluir que o projeto é viável e atinge seu objetivo: promover a soberania e segurança alimentar das famílias agricultoras do Semiárido. Satisfeitos, retornaram para casa com novos conhecimentos em relação a técnicas de plantio e novas iniciativas para a sua agricultura.
O intercâmbio integra o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), e foi realizado pela Associação Diocesana de Promoção Social (Adips).