ASA Bahia realiza Encontro de Formação em Convivência com o Semiárido
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A ASA Bahia realizou nos dias 19 a 22 de agosto em Feira de Santana um encontro de Formação em convivência com o Semiárido com de presença de aproximadamente 60 pessoas de 24 entidades das várias regiões.
Com o objetivo de construir coletivamente uma proposta de formação para convivência com o Semiárido, os participantes foram orientados a “beber” da experiência acumulada pelos agricultores e agricultoras ao longo da sua vivência. “Os agricultores e agricultoras são produtores e produtoras de conhecimento e não engolidores de informações” destaca Naidson coordenador executivo da ASA pelo estado da Bahia.
Para cumprir essa etapa do processo metodológico proposto, divididos em três grupos, os participantes foram visitar as propriedades de Geovaneo em Retirolândia, Abelmanto e Eduardo no município de Riachão do Jacuípe. Lá as famílias agricultoras apresentaram suas práticas de convivência, as dificuldades enfrentadas e as estratégias desenvolvidas para superá-las.
Em todas as experiências, percebe-se claramente a posição política das famílias agricultoras, que assumem o protagonismo da sua história, valorizam a agricultura familiar e dela tiram seu sustento. A produção é totalmente agroecológica e tem como principal objetivo o consumo próprio.
Outro aspecto comum é a criação e manejo apropriados dos animais alimentados com produtos da caatinga que garantem produção de alimento mesmo em períodos de estiagem prolongada.
A partir dessas informações, os participantes trocaram experiências e sistematizaram o que ouviram e perceberam durante as visitas, construindo uma síntese coletiva acerca da Convivência com o Semiárido já vivenciada na prática dessas famílias.
Dialogando com o grupo, Harold, diretor do IRPPA, ressaltou que dentro do mesmo Semiárido existem variações climáticas que devem ser consideradas nas práticas de convivência, por isso devemos ter o cuidado de não levar “receitas prontas”, considerando que nem tudo que se aplica e funciona bem eu um determinado lugar será viável em outro. “O essencial para a convivência com o Semiárido é observar o que a natureza, esse é o segredo” adverte Harold.
Ao final do encontro, o grupo assumiu como ação concreta realizar por região ou microrregião, encontros de formação envolvendo os monitores/as de GRH, GAPA e SISMA para ajustar metodologicamente nossas capacitações considerando as aspectos construídos coletivamente nesse encontro.