Intercâmbio Intermunicipal: agricultores/as se encantam com beleza e criatividade

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Agricultores/as durante intercâmbio | Foto: Chimene Amorim

 
Agricultores e agricultoras participaram de um intercâmbio nas comunidades rurais do município de Aracatu, cidade que está localizada na região sudoeste da Bahia. Foi uma visita de muitos saberes e criatividade de cada um que estava presente. O intercâmbio aconteceu entre os dias 04 e 05 de agosto.

A primeira parada foi na comunidade Lagoa da Roda, na residência de Dona Eva, ela tem uma cisterna-enxurrada, lá foi visto o quanto é importante a perseverança e força de vontade da família, pois o quintal de hortas é belíssimo. Diversas hortaliças, todas bem cuidadas, ressaltando que é o que sustenta a casa. Ou seja, a renda da família é basicamente vinda em grande parte de suas hortas que são vendidas na feira de Aracatu, e também indo nas casas das pessoas, pois já tem a sua própria freguesia na cidade, e seu filho que antes morava em São Paulo, hoje mora com eles ajudando nos plantios do quintal produtivo. Uma fala que chamou a atenção foi a de Seu Manoel: “o retorno do filho para casa é um grande progresso na família, porque ao invés de sair de sua terra, ele vai e volta, porque tem mais chances de viver melhor aqui”.

A segunda parada foi na casa de Dona Maria Virgem, onde se viu a cisterna-calçadão em sua propriedade, que serviu como exemplo para todos os agricultores e agricultoras que estiveram lá. O plantio de hortaliças de Dona Virgem é muito lindo e cheio de variedades, assim como é o de Dona Eva, ela e seu esposo vendem também na feira da cidade.

Os agricultores ficaram impressionados. “Adorei, espero continuar tendo saúde para quando tiver outra viagem assim eu possa estar presente”, disse Dona Marina. A criatividade e troca de ideias foi umas das coisas que mais chamaram a atenção dos agricultores/as. “Agradeço a Deus por ter me dado essa oportunidade de vir até aqui em Aracatu, e poder conhecer tanta beleza”, diz Dona Antônia. As experiências que tiveram serão de grande proveito, pois irão levar para as demais pessoas de sua comunidade tudo o que foi aprendido.

No segundo dia, os agricultores/as foram para a comunidade do Tamboril, lá puderam ver diversos quintais de hortaliças, com uma variedade muito grande de legumes e verduras. Dona Mailza foi umas das agricultoras que teve o seu quintal produtivo visitado pelo intercâmbio, segundo ela: “nós vemos que a luta não é nada fácil, e uma vez que esse bem chega até a gente, nós temos mais é que fazer a nossa parte”.

É muito importante essa troca de experiências, pois é a partir disso que eles sentirão incentivados a fazerem igual e cada vez melhor, em sua própria propriedade. “A troca de saberes foi o que mais me impressionou, achei fantástico”, disse Graciela, uma jovem agricultora rural. Seu Chico, de Cordeiros também ficou maravilhado com tanta coisa bonita. “Foi muito gratificante, e um grande exemplo para todos nós, e estou muito feliz por poder passar para as pessoas do lugar onde eu moro as experiências que vi”, disse seu Chico.

O intercâmbio realizado pela Articulação Semiárido (ASA) tem como finalidade mostrar aos outros agricultores as experiências vividas por outros, trocando ideias e informações que serão úteis para o seu próprio manuseio em suas propriedades, e mostra também a importância e as vantagens de ter uma cisterna. Seu Manoel relatou isso nas conversas do intercâmbio.

Um depoimento que emocionou a todos foi o de Dona Marilza: “A equipe está de parabéns, o acolhimento e tanta boa vontade, e por eu nunca ter tido antes em minha vida essa oportunidade de estar aqui, e ver tanta beleza, coragem do pessoal da comunidade, nós sentimos muito valorizados, espero ter saúde para quando ter outra vez eu possa vim de novo”.

Compartilhar ideias sobre a convivência com o Semiárido é o foco principal do intercâmbio, pois traz ao agricultor esperança e criatividade. Essa atividade faz parte do Programa Uma terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação Semiárido (ASA), realizado pelo Centro Comunitário da Paróquia São Pedro (CCPSP), financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES).

 

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