Jovens rurais do município de Serra Talhada iniciam atividades do projeto Escola das Águas

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Um abraço fraterno, um aperto de mão e um sorriso no rosto (Foto: Kátia Gonçalves / Arquivo Cecor)

Um abraço fraterno, um aperto de mão e um sorriso no rosto. Foram estes gestos que marcaram o início das atividades do III módulo do Projeto Escola das Águas com os jovens rurais do município de Serra Talhada/PE. O evento foi realizado no auditório do Centro de Educação Comunitária Rural (Cecor), nos dias 11 e 12 de julho. 

Depois da dinâmica de apresentação, os meninos e meninas dos Assentamentos Carnaúba do Ajudante, Exu, Santa Rita, Lajinha, Xiqui Xiqui , Desterro e Pocinho tiveram oportunidade de estudar sobre as diferenças técnicas nos tipos de cisternas construídas em comunidades rurais do Semiárido Brasileiro através da Articulação do Semiárido Brasileiro(ASA).

De acordo com a ministrante do Curso, Alda Balbino, os alunos vão aprender os aspectos técnicos de alguns dos tipos de cisternas que atualmente estão sendo construídas, sobretudo nas comunidades rurais do Nordeste, com sucesso. “Vamos estudar ainda as vantagens e desvantagens de construir ou ter certo tipo de cisterna. No final, ficarão registradas as observações feitas no acompanhamento  da construção e no uso durante vários anos”.

O projeto Escola das Águas é organizado em cinco módulos, três teóricos e dois práticos, totalizando 200 horas. Além das aulas teóricas, os jovens visitarão áreas de produção agroecológica que contam com tecnologias que armazenam água da chuva para produção de alimentos, como as cisternas-calçadão, barreiros trincheiras e barragens subterrâneas construídas pela Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA).

A iniciativa de educação contextualizada formará 360 jovens agricultores familiares, com idade entre 18 e 29 anos, moradores da zona rural dos municípios de Araripina, Exú, Flores, Granito, Ouricuri, Parnamirim, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Filomena e Serra Talhada.

Para o jovem agricultor do Assentamento Desterro, Jamilson de Lima Alves, cada módulo traz uma

 
Além das aulas teóricas, os jovens visitarão áreas de produção agroecológica.  (Foto: Kátia Gonçalves / Arquivo Cecor)

surpresa no aprendizado. “Quanto mais à gente estuda, aprendemos mais. Esses encontros nos fortalecem enquanto ser humano e nos impulsionam para um futuro de conhecimento prático e teórico. Garantem-nos condições de sobrevivência no Semiárido”, concluiu Jamilson.

O projeto Escola das Águas é desenvolvido pelo Centro de Habilitação e Apoio ao Pequeno Agricultor do Araripe (Chapada), em parceria com o Centro de Assessoria e Apoio aos Trabalhadores e Instituições Não Governamentais Alternativas (Caatnga) e Centro de Educação Comunitária Rural (Cecor), e tem o patrocínio da Petrobras.

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