Agricultoresas conhecem experiências em Campo Grande

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Agricultores\as conheceram experiências de convivência com o semiárido | Foto: Bárbara Samara

Nos dias 3 e 4 de julho, famílias agricultoras de Martins (RN), beneficiárias do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), participaram de um Intercâmbio Intermunicipal para conhecer diversas experiências, em Campo Grande, município do Médio Oeste Potiguar. Agricultores/as das comunidades de Chapéu, Visão, Estaleiro, Mundo Novo, Volta, Pau de Leite e Picos, visitaram famílias, grupos de mulheres e associações comunitárias, que desenvolvem uma agricultura de base agroecológica e conheceram tecnologias sociais para a convivência com o semiárido.

No primeiro dia, foram visitados a Casa do Mel na comunidade de Lagoinha e o projeto de polpa de frutas do grupo de Mulheres da comunidade rural do Bom Jesus. À tarde, no Sítio Caiana, os participantes conheceram a bomba d’água popular para uso comunitário, o barreiro trincheira para consumo animal e o Projeto Agroecológico Integrado e Sustentável com hortaliças. No segundo dia, conheceram a Barragem Sucessiva no Rio Upanema e as cisternas calçadão e de enxurrada. Visitaram também uma criação de galinhas e a Associação que trabalha com comercialização do pescado na comunidade do Morcego,

O agricultor e apicultor Lenilson do Sítio Chapéu, não lembra quando foi a última vez que dormiu fora de casa. “Faz muito tempo que não saio de casa. Mas foi uma experiência inesquecível. Eu aproveitei para tirar muitas fotos para guardar de recordação”, conta. Antes de viajar, Dona Célia, sua mulher, lhe deu uma sacola e pediu para que trouxesse alguma novidade de planta, que não tem na região, para ela plantar no quintal de casa. O agricultor atendeu ao pedido da esposa e trouxe uma muda de palma forrageira, variedade que não apresenta espinhos e pode ser utilizada como ração para o gado.

A Animadora de Campo, Bárbara Samara, que acompanhou a atividade, avalia o intercâmbio como uma oportunidade para os participantes conhecerem o que outros agricultores, que compartilham da mesma realidade que a deles, estão fazendo para conviver com as adversidades do clima semiárido e para combater a desertificação. Ela também destaca a importância da atividade para a autoestima dos agricultores. “A maioria deles, assim como o Seu Lenilson, nunca tinha viajado antes, por isso, esse momento de troca de saberes é muito importante, para que eles se sintam motivados. Antes da gente sair de Campo Grande, já tinha pessoas me perguntando quando e onde será o próximo intercâmbio”, finalizou.
 

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