Agricultora do Coletivo Regional das Organizações da Agricultura Familiar apresenta experiência durante evento do Insa
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Agricultora representou as famílias do Coletivo Regional das Organizações da Agricultura Familiar do Cariri, Curimataú e Seridó | Foto: Simone Benevides |
A programação alusiva ao Dia Mundial da Água, do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), realizou, na manhã do dia 20 de maio, uma mesa redonda com agricultores experimentadores de várias regiões da Paraíba e de Pernambuco. Na ocasião, a agricultora Sara Maria Constancio, do assentamento São Domingos, no município de Cubati (PB), representou às famílias do Coletivo Regional das Organizações da Agricultura Familiar do Cariri, Curimataú e Seridó, que são assessoradas pelo Patac.
Sara explicou que no início começou a desenvolver a experiência no seu quintal com a água do poço comunitário que existe no assentamento, porém, depois de enfrentar o longo período de estiagem, nos últimos dois anos, viu que a quantidade de água servida, que era desperdiçada pela família, poderia ser reutilizada para regar as plantas e hortaliças do seu quintal e foi então que começou a desenvolver a experiência de reuso da água que deu certo, resultando inclusive, na comercialização da sua produção no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do Governo Federal.
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Sara comercializa para o PAA | Foto: Simone Benevides |
Os desafios enfrentados foram muitos, relata a agricultora. Ela iniciou o fornecimento de hortaliças e frutas para o PAA, contra a vontade do seu companheiro. “Mas hoje, vendo o resultado do meu esforço, ele [marido] é quem mais ajuda e incentiva o meu trabalho, que acaba sendo um trabalho de toda a família”, relatou Sara.
Para a jovem agricultora, “o acesso a terra é o mais importante, pois só há produção se tiver terra”, vindo em seguida às formas adequadas de armazenamento e estocagem de água, “o importante é não deixar a água acabar para poder começar a pensar soluções, mas evitar que ela acabe, tendo sempre em mente formas de aproveitamento”. Os agricultores e agricultoras, assentados ou não, precisam de orientação, de formação, pois além dos saberes passados por gerações, nós precisamos de novas técnicas para sabermos exatamente o que estamos fazendo”, finalizou.