Representante da ASA dialoga sobre Extensão Rural e convivência com o Semiárido
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A celebração do Dia do Extensionista (03) contou com a apresentação de propostas sustentáveis e agroecológicas para a extensão rural no Semiárido. O coordenador do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2/ASA), Antonio Barbosa, participou do VI Seminário de Extensão Rural em Pernambuco – Convivência com o Semiárido e Sustentabilidade. O evento foi realizado pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), em Gravatá (PE), e contou com cerca de 400 extensionistas, além de convidados dos movimentos sociais, povos indígenas e governo.
“Foi um momento de aproximação entre o governo e a sociedade para chamar a responsabilidade do extensionista, de debater sobre o mal que a agricultura convencional e os agrotóxicos causam, de falar sobrea necessidade mais investimentos para a agricultura familiar e camponesa e de destacar os impactos positivos da ASA na região”, afirma Antonio Barbosa.
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Antonio Barbosa é autor do texto Encontros e Desencontros da Extensão Rural Brasileira na Construção Coletiva de Conhecimentos e Saberes. |
O coordenador do P1+2 participou do painel “Convivência com o Semiárido e Sustentabilidade – Aprender a Conviver, Conviver para Preservar”, realizado na tarde do primeiro dia do evento. Este painel contou ainda com a participação do diretor da Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, Roberto Marinho, e da meteorologista Francis Lacerda, do IPA, além da coordenação do presidente do IPA, Júlio Zoé de Brito.
A apresentação de Antonio Barbosa fez um resgate das condições sócio-históricas para a convivência das famílias agricultoras com a região. Também houve destaque para os avanços e desafios da extensão rural, a partir do texto “Encontros e Desencontros da Extensão Rural Brasileira na Construção Coletiva de Conhecimentos e Saberes”, que faz parte do livro “Agroecologia – Um Novo Caminho para a Extensão Rural Sustentável”, publicado pela Garamond Universitária.
Antonio Barbosa ressalta que é importante a permanência de dos movimentos sociais do campo permaneçam pautando o diálogo sobre a extensão rural no país. Ele destaca ainda que existe um esforço grande de algumas organizações para incluir a agroecologia e as identidades locais na extensão rural. “Hoje o técnico de extensão rural está bem mais próximo das famílias. Alguns órgãos avançaram muito nos últimos anos, outros permanecem atrasados”, ressalta Barbosa.