Ater contribui com implementação de projeto de estruturação familiar em Pinhões

,
Na atual fase de realização da Ater, com os projetos de estruturação familiar aprovados pelo MDA, o fomento às famílias começou a ser liberado. A utilização deste recurso será conforme planejamento familiar definido neste projeto elaborado pelos agricultores/as, com a colaboração do/a técnico/a de Ater. Seu Manoel, que já possui um galinheiro, pretende incrementar a avicultura com o aumento dos animais, melhoria da estrutura e a diversidade de ração, levando em conta a disponibilidade hídrica de sua propriedade e a capacidade de produção de alimentação em quantidade necessária para a quantidade de galinhas.
Manoel Lindolfo é uma das 2.500 pessoas, desta 1ª etapa do projeto, que estão inseridas e participando das ações do projeto Ater/Plano Brasil Sem Miséria, a exemplo de atividades coletivas, visitas técnicas, palestras. Estas visitas vão continuar junto às famílias, nesta fase do projeto, com vistas a acompanhar e avaliar a implementação dos projetos. O fomento previsto é um valor destinado para às famílias utilizarem de forma planejada e organizada de acordo com as suas necessidades e demandas de produção, levando-se em conta o contexto em que estão envolvidas.
Assessoria Técnica diferenciada e contextualizada
O agricultor e sua esposa comemoram a atual fase de Ater, onde estão escolhendo a atividade produtiva associada a assessoria técnica, que antes não tinham, como um caminho para aperfeiçoar e estruturar ainda mais a produção que já desenvolvem. Seu Manoel informou que já tinha criado galinhas em grande quantidade, mas perdeu a produção por falta de conhecimento técnico para o controle de doenças. Agora ele planeja comercializar os ovos e também a carne, pensando em garantir todo o sustento a partir desta atividade produtiva.
O agricultor relata que já teve prejuízos com o tipo de assistência técnica que teve no passado prestada por outra instituição, uma vez que as ações de Ater não eram realizadas a partir da realidade dele, mas com um pacote tecnológico pronto, onde a sua opinião não era ouvida e muito menos as condições climáticas, disponibilidade de água e estrutura da propriedade foram observadas. Até hoje, ele conta que sofre com as consequências deste tipo de interferência. “O mais importante é assistência técnica e o que a gente está fazendo… criar galinha para produzir os ovos, tem tudo para dar certo, se estamos com a assessoria técnica… vamos esperar que coisas aconteçam melhor… o trabalho é em conjunto”, diz seu Manoel.
O Irpaa vem desenvolvendo nos últimos seis anos em alguns municípios e comunidades rurais do Território Sertão do São Francisco ações de Ater em parceria com o Governo Federal, onde são respeitadas a opinião dos/das agricultores/as e a proposta de desenvolvimento para a região com base na Conivência com o Semiárido. Desde março deste ano uma equipe de 57 profissionais está atuando diretamente com as comunidades rurais de seis municípios do Território, como Canudos , Casa Nova, Curaçá, Sobradinho, Uauá e Juazeiro. No próximo ano o serviço será ampliado para todos os municípios do Território.