Plano prevê R$ 7 bi para o Semiárido
O Plano Safra Semiárido, anunciado ontem, em Salvador, vai disponibilizar R$ 7 bilhões em crédito para a agricultura na região. Do total, R$ 4 bilhões serão destinados à agricultura familiar, que está presente em 95% dos estabelecimentos agropecuários dos municípios do Semiárido. Os demais R$ 3 bilhões vão para os médios e grandes produtores, segundo a Agência Brasil.
Os juros para as operações de custeio vão variar de 1% a 3% ao ano. Para investimento, os juros são de 1% a 1,5% ao ano. As taxas são menores que as praticadas em outras regiões. No evento, a presidente Dilma Rousseff anunciou medidas adicionais para renegociação de dívidas dos agricultores, com a suspensão de prazos de cobrança de produtores inadimplentes e desconto para liquidar operações de crédito rural.
Dilma destacou que é preciso aprender a conviver com a seca. Para isso, disse que é necessário implantar ações estruturantes que garantam reservas e abastecimento de água, alimentos e agreguem valor aos produtos da região.
O plano lançado ontem está estruturado em ações de recuperação e fortalecimento de cultivos alimentares, da pecuária leiteira e de pequenas criações. Outro eixo é o de estímulo à industrialização para diversificar e agregar valor ao setor e estímulo à agricultura irrigada.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas lembrou que, pela primeira vez, foi lançado um plano safra voltado apenas para o Semiárido. A coordenadora-geral da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf), Elisângela Araújo, expôs a necessidade de políticas efetivas para melhorar a situação dos produtores que sofrem com as secas que assolam a região.