Famílias de Aracatu participam de reuniões de mobilização nas comunidades
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Agricultores e agricultoras participam de formação em Aracatu, na Bahia. | Foto: Luciene Martins |
O Centro Comunitário da Paróquia São Pedr
o de Aracatu, região sudoeste da Bahia, vem realizando reuniões de mobilização nas comunidades para apresentação do novo termo (04/2012) de parceria assinado entre a ASA e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), que atuará nos municípios de Maetinga, Presidente Jânio Quadros, Caraíbas e Aracatu, com a execução do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), envolvendo as famílias do Semiárido.O coordenador da UGT, Dílson Rocha, destacou a importância das reuniões de mobilizações nas comunidades envolvendo integrantes da Comissão de cada município, agricultores e agricultoras, com o objetivo de contemplar novas famílias com tecnologias para convivência com o Semiárido, comocisterna-calçadão, cisterna-enxurrada, barreiro-trincheira, tanque de pedra, BAP, barraginha e barragem subterrânea. Destacou também o trabalho de organizações da sociedade civil que vêm mostrando, na prática, que é possível mudar a vida das famílias do Semiárido.
Nas mobilizações, as famílias apontaram que a maior dificuldade que vem enfrentando nas comunidades é a falta de água. “Aqui chove muito, falta reservatório”, conta Dílson. A fala provocou discussões sobre os períodos de estiagens no Semiárido, que chega a atingir oito meses. “Os homens trabalham e Deus ajuda. Faz o lugar para por a água e Deus manda a chuva”, disse o agricultor Nilson Silva, do município de Presidente Jânio Quadros.
Durante as mobilizações os agricultores/as destacaram a atuação das entidades sociais na luta pelas políticas públicas para o homem e a mulher do campo, que vem atuando de forma significativa, ajudando as famílias através das tecnologias sociais para prover água para produção de alimentos e criação de pequenos animais. “Fiquei alegre porque choveu e ao mesmo tempo triste por não ter um reservatório para captar a água”, afirmou Nausio Portugal do município de Aracatu.
Dílson frisou ainda que as famílias, além de receberem as implementações, devem participar das capacitações, intercâmbios para troca de experiências e de cursos de como melhor utilizar e economizar a água. “Às vezes temos vontade de atender todos, mas o número de tecnologias é pouco. Temos que continuar lutando para que outras pessoas tenham acesso”, conta Reginaldo Cheles, do município de Presidente Jânio Quadros.
O agricultor Donizete Souza, também do município de Presidente Jânio Quadros, comentou a dificuldade que a sua comunidade sempre viveu no abandono e esquecimento. Com a chegada do projeto a vida deles mudou. Mesmo vivendo um período de estiagem as famílias da comunidade não sofreram tanto como imaginavam que seria. Diante disso, o coordenador falou da gratidão de ver as famílias realizadas, já produzindo. A ASA não leva só água, leva também dignidade. Há uma mudança extraordinária. Nosso objetivo é esse, ver o crescimento dessas famílias no Semiárido, conclui Dilson.