Petrobras vai investir R$ 200 mi em obras contra a seca

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Rio de Janeiro (ABr) – A Petrobras anunciou ontem que vai investir R$ 200 milhões nos próximos 12 meses para a construção de 20 mil sistemas de captação e armazenamento de água no Semiárido brasileiro, beneficiando cerca de 100 mil pessoas, de 210 municípios nos estados da Bahia, do Sergipe, de Alagoas, Pernambuco, do Rio Grande do Norte, do Piauí, da Paraíba e do Ceará, além do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.

O projeto contemplará a construção de cisternas, barreiro trincheira ou barragens subterrâneas, dependendo das condições de cada região. “Todas elas são consideradas soluções simples, de baixo custo, fáceis de serem implementadas e já adaptadas às condições de vida da população rural do Semiárido”, informou a empresa.

Para a execução do projeto serão capacitados, no período de um ano, 1.300 pedreiros em técnicas de construção destinadas à captação de água de chuva. Também está prevista a construção de locais para armazenamento de sementes e viveiros de mudas.

O programa será desenvolvido pela Associação Um Milhão de Cisternas Rurais para o Semiárido Brasileiro (AP1MC), organização vinculada à Articulação Semiárido Brasileiro (ASA). O presidente da ASA, Naidison de Quintella Baptista, disse que a iniciativa faz parte de uma experiência já em curso na região do Semiárido e que agora terá apoio da Petrobras.

Os 20 mil sistemas serão destinados à captação da água da chuva, que poderá ser utilizada na produção de alimentos e na criação de animais para o consumo de subsistência, além de trocas solidárias e comercialização em pequena escala.

A escolha das famílias que receberão os sistemas, será dada prioridade àquelas que têm renda per capita familiar de até meio salário mínimo, localizadas na zona rural, com crianças de até seis anos ou com crianças e adolescentes matriculados e frequentando a escola.

Também serão consideradas famílias que tenham adultos com idade igual ou superior a 65 anos, deficientes físicos ou mentais e que tenham mulheres como chefes de família.

Agricultores

No Rio Grande do Norte, cerca de 1.800 agricultores familiares deverão realizar um ato público amanhã para cobrar ações de convivência com a seca e protestar contra o fato de a Central de Comercialização da Agricultura Familiar, na esquina da Rua Jaguarari e Avenida Mor Gouveia, no bairro de Lagoa Nova, ter sido construída há três anos e nunca ter aberto para a venda dos produtos deles.

Eles também planejam fazer uma caminhada até a Governadoria, na expectativa de apresentar ao Governo uma pauta de ações para o convívio com a estiagem.

Entre as reivindicações estão a perfuração e recuperação de poços e a implantação de tecnologias para o armazenamento de água para a produção da agricultura familiar.

Segundo o coordenador geral da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do RN (Fetraf-RN), João Cabral, as chuvas que têm caído aliviam a situação, mas não resolvem os prejuízos contabilizados pelos pequenos agricultores.

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