Primeiro beneficiado da Cisterna-Calçadão emVereda do Meio

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Primeiro beneficiado da cisterna-calçadão. | Foto: Luciene Martins/Arquivo Asacom

A 11 quilômetros do município de Maetinga, na Bahia, existe uma comunidade chamada Vereda do Meio, onde residem 32 famílias. Nela vive o agricultor Valdivino Almeida de Aguiar, de 55 anos, divorciado, que mora com sua mãe, dona Liciobelina de Aguiar Almeida, conhecida como dona Bela, de 80 anos, e seu filho Vanilson Leinatte Almeida, de 18 anos. Juntos aprenderam a conviver com a diversidade do Semiárido.

“A maior dificuldade que já passei na vida foi a falta de água, que acabei deixando minha comunidade e desloquei para São Paulo, onde morei 35 anos, atuando como mestre de obra. Mais um dia bateu a saudade e retornei a minha terra com meu filho Vanilson, para morar com minha mãe Dona Bela”, conta o senhor Valdivino Aguiar. Mesmo com essa dificuldade, ele nunca deixou de plantar sua horta e dela tirar o seu próprio alimento para consumo, livre de produtos químicos, a exemplo os agrotóxicos. Além da horta, ele planta milho, feijão, palma, e até tentou plantar melancia, mas devido à escassez de água teve que parar. O agricultor disse, também, que está investindo na criação de pequenos animais como porcos e galinhas.

 Com a implantação da cisterna de 16 mil litros do Programa Um Milhão de Cisternas Rurais (P1MC), a família já conta com água para consumo humano.  Ele foi o primeiro beneficiado a receber a cisterna-calçadão do Projeto Uma terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA). A cisterna-calçadão permite armazenar até 52 Mil litros de água para produção de alimentos e criação de pequenos animais, canteiros econômicos para cultivo de hortaliças, garantindo assim, uma alimentação saudável com qualidade e geração de renda.

“Mesmo com pouco conhecimento que tenho, meu sonho está sendo realizado, estou flutuando, recebendo a cisterna-calçadão para fazer parte da minha vida e da família. Além disso, vou cuidar bem, ter água na minha propriedade, poder produzir os meus próprios alimentos e quando meus irmãos vierem me visitar, que vem uma ou duas vezes por ano, eles irão ficar muito felizes”, disse seu Valdivino.

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