Entidades vão cobrar ação ágil na área de seca

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O Comitê Integrado de Convivência com o Semiárido se reúne quinta-feira, em Serra Talhada, no Sertão, com entidades que atuam no interior pernambucano. Na ocasião, o comitê formado por 13 secretarias do governo estadual repassará informações sobre as ações implementadas para tentar reduzir o sofrimento das famílias castigadas pela maior estiagem dos últimos 40 anos. No encontro, as organizações pretendem cobrar melhorias na distribuição de alimentos para os animais e a regularização do abastecimento feito por carros-pipa.

As entidades acreditam que o Programa Chapéu de Palha Estiagem deveria passar por ajustes. O governo ajudou com doação de R$ 280 a cerca de 182 mil famílias. Mas o valor é repassado em quatro parcelas. “Temos que disciplinar também os carros-pipa, que ainda não chegam a muitas áreas. Também é preciso agilizar a entrega do milho para os produtores que estão vendo os animais morrerem de fome”, afirmou Deoclécio Bezerra, técnico do Centro de Educação Comunitária Rural (Cecor), que atua em vários municípios sertanejos.

Dos 184 municípios pernambucanos, 121 já decretaram estado de emergência. Mais de um milhão de pernambucanos estão vivendo uma situação difícil. A morte do rebanho e a perda da lavoura agravam o quadro. Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), a previsão aponta para mais estiagem até o fim do ano, no Agreste e Sertão. Apenas a Zona da Mata e o Litoral vão registrar chuvas.

Atualmente, há 1.500 carros-pipa distribuindo água nas áreas castigadas pela seca. Antes, eram apenas 350. Diante da intensidade da seca, o número subiu para 800, até chegar ao quantitativo atual.

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