Agricultores baianos vão a Minas conhecer experiências de convivência
Agricultores/as familiares conhecem experiências de quem já trabalha com as tecnologias que guardam água para produção | Foto: Arquivo Acerfaca |
Os intercâmbios são atividades do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), que têm como objetivo a troca de experiências entre agricultores e agricultoras do Semiárido brasileiro, que serão beneficiados com tecnologias de captação de água da chuva para a produção de alimentos.
No período de 11 a 13 de setembro de 2012, foi realizado no município de Porteirinha, em Minas Gerais, um intercâmbio interestadual com a participação de quinze agricultores/as dos municípios baianos de São Felix do Coribe, Santana, Serra Dourada e Brejolândia.
A atividade foi articulada pela Associação Comunitária da Escola Família Agrícola de Correntina e Arredores (Acefarca) e pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Porteirinha. As duas instituições executam o P1+2 nos territórios em que atuam.
O propósito do intercâmbio foi conhecer práticas e experiências como a produção agroecológica de alimentos, de plantas medicinais e criação animal, com o uso de tecnologias como a cisterna-calçadão e a Casa de Sementes Crioulas. Foram visitadas a propriedade do seu Ildeu e dona Eva, na comunidade de Morro Grande, de seu Manoel, na comunidade Campo de Pouso, de Geraldo Gomes e a sede da Associação Casa de Ervas Barranco da Esperança e Vida (Acebev) em Porteirinha, com a Irmã Mônica.
Todas as experiências visitadas se inserem no modelo agroecológico e de convivência com o Semiárido, demonstrando o quanto a relação cuidadosa com a natureza é fundamental no modo de vida das famílias agricultoras que optaram por transformar suas propriedades num espaço de produção.
O intercâmbio, além de proporcionar a troca de experiências riquíssimas, faz com que os agricultores se apropriem de novos conhecimentos que servem como incentivo para que as novas experiências sejam implementadas em suas propriedades.
As experiências destes sertanejos são exemplos reais que demonstram o quanto o agricultor é capaz de construir conhecimento através da própria convivência com o Semiárido.