Baianos vivem expectativa para o VIII EnconASA

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Encontro Microrregional em Feira de Santana | Foto: Daiane Almeida

Durante o mês de setembro, os baianos se prepararam para participar do principal evento da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), o Encontro Nacional (EnconASA), que acontece este ano entre os dias 19 e 23 de novembro, em Januária, Minas Gerais. Os encontros microrregionais, territoriais e estadual foram espaços de debate e reflexões sobre o trabalho desempenhado pela rede ao longo dos seus 12 anos de existência.

Além disso, nestes momentos, foi lançado um olhar para as perspectivas futuras da Articulação, pensando em novas ações que fortaleçam a convivência com o Semiárido. Foram apontadas a necessidade de pautar a política de assistência técnica adequada para a convivência com o Semiárido, acesso à terra, estoque de alimentos para animais e pessoas, educação contextualizada, além de pautar politicamente o Programa Nacional de Convivência com o Semiárido.

Durante o Encontro Estadual, realizado nos dias 18 e 19 de setembro, em Feira de Santana, representantes de 12 microrregiões, onde a ASA atua, elegeram os 101 delegados que irão participar do encontro nacional, entre agricultores e membros de organizações da sociedade civil.

Expectativas – Uma das representantes da sociedade civil, Ilda Mercês, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da Agricultura Familiar (Sintraf) de Conceição do Coité, é membro da Comissão de Recursos Hídricos no município, que participou da edição passada do evento realizado em Juazeiro, na Bahia, em 2010. “É uma expectativa muito grande estarmos lá defendendo a nossa proposta, com o objetivo de garantir o direito à água dos agricultores e das famílias do nosso Estado. Dentro das nossas propostas uma bandeira de luta é o acesso à terra e o armazenamento de sementes e animais de pequeno porte”, ressalta Ilda Mercês.

Já a agricultora Érica Maria Souza, do município de Miguel Calmon, nunca participou do evento e acredita que o encontro é um espaço em que se pensa a melhoria da qualidade de vida das pessoas.  “O objetivo do encontro é fazer com que a ASA se prontifique a ajudar ainda mais as pessoas pobres da zona rural. Como a gente trabalha na agricultura, se não tem o técnico, é importante saber de que forma plantar. Precisamos planejar, acho que a terra é importante, mas a assistência técnica é mais ainda. A expectativa e a curiosidade são grandes, vou aprender e passar para minha comunidade”, afirmou entusiasmada a agricultora e monitora do curso de Gerenciamento de Recursos Hídricos, uma atividade do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), da ASA.

Chamando a atenção para a importância de pautar o Programa Nacional de Convivência com o Semiárido, Cícero Felix dos Santos, de Juazeiro, ressalta a necessidade de pensar uma política macro de convivência. “Como estamos vivenciando uma longa estiagem no Semiárido brasileiro, o EnconASA tem uma missão fundamental que é pensar essa região a médio e longo prazo. É uma oportunidade avaliar o que foi feito nestes 12 anos e pensar seus rumos para os próximos 20 anos, para que numa próxima longa estiagem o povo do Semiárido não vivencie o sofrimento que está passando agora. Com acúmulo de experiências e com a sua força política, a ASA tem todo o potencial para apresentar à sociedade brasileira um plano de convivência, visando para isso uma política macro, que englobe os diversos aspectos da convivência”, ressaltou Cícero Felix, que faz parte da equipe do IRPAA, em Juazeiro.

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