Teatro, leitura e contação de histórias movimentam escolas no sertão baiano

Compartilhe!

Iniciativa é fruto de parceria do Irpaa com prefeituras municipais | Foto: Divulgação

Os desafios de tornar as salas de aulas um espaço de aprendizagem dinâmica e mais agradável, especialmente nas escolas multisseriadas do sertão é um assunto bastante discutido dentro da Proposta de Educação Contextualizada e voltada à realidade do Semiárido. Em algumas escolas dos municípios baianos de Curaçá, Canudos, Uauá, um projeto que utiliza: teatro, leituras e contação de histórias, propõem não só deixar as aulas mais dinâmicas e participativas, como também discutir a realidade da região de uma forma lúdica e diferente, proporcionando ainda melhorias no processo de aprendizagens dos alunos e alunas.

O projeto voltado para a valorização da criança e do adolescente no Semiárido é executado pelo Irpaa em parceria com os municípios e começa com uma série de capacitações denominada: Leitura – Contexto e Subjetividade, onde professores/as e gestores de educação experimentam dinâmicas de grupos, iniciação ao teatro popular e técnicas de contação de histórias.

A pedagoga do Irpaa, Graça Cavalcante, responsável por algumas capacitações, destaca a importância do trabalho de leituras, uma vez que essas escolas dispõem de um acervo de livros, cujos conteúdos retratam lendas e histórias ligadas a vida e os costumes do povo do sertão. Para a pedagoga, esses livros passam a ser melhor utilizados a partir da proposta deste projeto. Graça lembra ainda que a literatura e a contação de histórias ou mesmo o teatro são importantes instrumentos capazes de rediscutir questões ligadas a vida das pessoas e das comunidades do Semiárido.

Com essas dinâmicas é possível de forma reflexiva abordar problemas históricos existentes na região e suas consequências. O trabalho permite ainda que outras leituras e compreensões sobre essa região sejam postas em discussão nas escolas, uma vez que no imaginário popular, as vezes reforçado pela educação, o sertão é um lugar visto basicamente a partir da seca e suas consequências. Para rediscutir essa e outras realidades, os recursos próprio da linguagem do teatro, da literatura, por exemplo, tornam-se excelentes aliados dos professores e alunos imbuídos na construção de uma nova forma de estudar e compreender a região.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *