Sergipe retoma o diálogo coletivo dos Movimentos Sociais do Campo

![]() |
O Fórum organizou reivindicações necessárias para o campo. Foto: Aparecida Amado |
O assentamento Moacir Wanderley-Quissamã, localizado no município de Nossa Senhora do Socorro, sediou a 1ª Conferência Camponesa do Estado de Sergipe, nos dias 08, 09 e 10 de agosto. O evento foi organizado pelo Fórum de Articulação dos Movimentos Sociais do Campo e reuniu cerca de 200 pessoas para discutir realidade agrária no estado e refletir sobre a história e a atualidade das lutas camponesas.
Com o grito de luta: “Se o campo não planta, a cidade não janta”, as atividades foram realizadas a partir de três painéis temáticos, com os seguintes títulos: Reforma Agraria e Situação dos/as Camponeses/as e Trabalhadores/as Rurais; Juventude, Mulheres e Povos Tradicionais: Organização e Lutas; Politicas Públicas, Crédito e Mercado Institucional para a Agricultura Familiar no Estado de Sergipe. As apresentações foram feitas por professores universitários, representantes de entidades sociais e do governo, coletivo de juventude, pescadores e quilombolas.
Ao todo foram deliberadas 20 questões. Os destaques são:
– legitimação de um fórum de articulação de movimentos sociais do campo;
– desenvolvimento de iniciativas que contribuam para reverter decisões judiciais que implicam nos despejos de famílias assentadas;
– resgate das sementes crioulas;
– difusão do filme “O Veneno está na mesa”;
– reivindicação de políticas para Educação do Campo;
– afirmação da presença da mulher e do debate do feminismo no campo;
– fortalecimento da luta do movimento quilombola e de outros movimentos.
O Fórum de Articulação dos Movimentos Sociais do Campo é formado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), do Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), do Movimento da Mulher Trabalhadora Rural (MMTR), do Centro Dom José Brandão de Castro (CDJBC), da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), dos Quilombolas, de associações de Pescadores e da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.