Banco de Sementes preserva espécies nativas em época de seca
A agricultora familiar Tereza Rocha explica o funcionamento e importância do Banco de Sementes Comunitário da comunidade do Canto, no estado da Bahia
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| Preservar sementes é fundamental para a soberania alimentar das famílias agricultoras. Foto: Karine Silva – Arquivo Asacom |
A comunidade do Canto, localizada no município de Serrinha, no Semiárido baiano, organiza o Banco de Sementes Comunitário para garantir a preservação e melhor distribuição das sementes. A iniciativa está monitorando espécies ameaçadas neste período de estiagem e valorizando as experiências tradicionais de guardar sementes para conviver com o Semiárido.
O Banco de Sementes da comunidade foi criado no início da década de 1990 e, de acordo com a agricultora familiar Tereza Rocha, oferece mais condições para evitar a extinção de espécies nesta seca prolongada. Dona Tereza lembra que a armazenagem coletiva evita o consumo de espécies que devem ser garantidas no estoque da comunidade:
O Banco de Sementes é fundamental para garantir a soberania alimentar na comunidade do Canto em qualquer época do ano. Neste momento de estiagem, a preservação das espécies também ganha um peso importante dentro das atribuições do Banco. Dona Tereza explica o funcionamento do Banco de Sementes em épocas sem estiagem prolongada:
Há duas décadas, o diálogo tem sido uma ferramenta fundamental para a manutenção do Banco de Sementes Comunitários. Nesta estiagem prolongada, a troca de conhecimentos sobre a situação das sementes na região é uma forma de garantir algumas espécies:
O diálogo realizado pelos moradores da comunidade do Canto ofereceu condições para o conhecimento coletivo sobre algumas espécies que merecem mais atenção para evitar a chamada erosão genética:
A armazenagem das sementes pode ser feito em garrafas pet, silos e tonéis. O processo merece alguns cuidados para garantir a qualidade e validade das sementes, como explica Dona Tereza:
