Oficina acolhe novas organizações do P1+2
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Dezesseis organizações que atuam no Semiárido brasileiro participam nesta quinta (28) e sexta-feira (29) de um encontro de planejamento para execução do novo termo de parceria do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA). O evento está sendo realizado na cidade de Camaragibe, em Pernambuco, reunindo coordenadores e gerentes financeiros do Programa, além de representantes legais das entidades.
A proposta é discutir a estratégia metodológica do Programa e seus componentes, além de questões administrativo-financeiras, como o Regulamento de Compras da Associação Programa Um Milhão de Cisternas (AP1MC), documento que determina as regras para contratação de obras e serviços para execução dos programas. Na ocasião, também será apresentado o Sistema de Informação, Gestão e Auditoria (SIGA.Net), uma plataforma de acompanhamento e monitoramento das metas físico-financeiras.
A partir deste convênio, uma das novidades é a ampliação das instituições que vão atuar como Unidades Gestoras Territoriais (UGTs) do P1+2. Ao todo são 42 organizações, das quais 16 são novas. O coordenador do P1+2, Antônio Barbosa, falou do papel de cada organização e dos objetivos do encontro. “É um momento também para que as organizações se apresentem e para que possamos aprender com elas. Nenhuma delas chega aqui sem uma história de importância para o nosso trabalho”, destacou.
A apresentação e reflexão sobre o P1+2 foram os temas centrais do diálogo na manhã desta quinta-feira. Dentre as questões, o grupo fez uma leitura do significado do novo termo de parceria. Ressaltando a renovação, o coordenador da AS-PTA, Luciano Silveira, lembrou a mobilização social para continuidade dos programas, no final do ano passado. “A nossa força política permitiu reverter a situação”.
Outro ponto importante na fala dos participantes é o desafio de manter a identidade metodológica do P1+2, centrada na valorização do conhecimento popular, dentro do tempo determinado para execução do Programa, que é de cinco meses. “Nosso desafio não é só de construir tecnologias, mas é de manter a nossa forma de atuação com as famílias”, define Jorge Pereira, presidente da Cáritas Diocesana de Almenara, no Baixo Jequitinhonha de Minas Gerais. As estratégias de intercâmbio, sistematização de experiências e protagonismo das mulheres também tiveram destaque nos debates.
No período da tarde, as discussões focaram na produção de alimentos, seca e estoque de sementes nativas, com a participação do coordenador da ASA pelo estado da Bahia, Naidison Quintella. Para a sexta-feira, a programação inclui apresentação do manual administrativo-financeiro, do SIGA.Net e do fluxograma de funcionamento do AP1MC. Ainda serão discutidos os encaminhamentos do Programa.