Cisternas vão garantir água e alimentos para agricultores sertanejos

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Em um período de grande estiagem no Estado, mais de três mil famílias dos Sertões do Pajeú, Moxotó e São Francisco vão ter água armazenada através de cisternas calçadão, barreiros lonados, tanques de pedra e terreiro de secagem. Além de melhorar a estrutura hídrica no meio rural, vai ampliar também a capacidade produtiva dos agricultores e agricultoras. Prova maior que o homem e a mulher do campo podem conviver no Semiárido. Tudo isso está garantido no projeto Pernambuco Mais Produto. A assinatura do convenio do programa aconteceu com a presença do governador Eduardo Campos, do secretário estadual de Agricultura e Reforma Agrária, Ranilson Ramos, e do vice-presidente da organização não-governamental CECOR (Centro de Educação Comunitária Rural), João Laercio Ferreira, no último dia 30 de maio na cidade de Pesqueira.

Através do CECOR, serão construídas 3.775 cisternas calçadão em 25 municípios sertanejos e mais 270 reservatórios, entre barreiros lonados, tanques de pedra e terreiro de secagem. “Essas cisternas vão garantir que o homem e a mulher do campo possam guardar água o ano inteiro. Com água em casa, as famílias vão poder também produzir seus alimentos com qualidade”, declarou João Laercio.

A construção dos reservatórios para armazenamento de água é, hoje, uma tecnologia social implantada pela ASA, que vem dado certo no Semiárido. A cisterna capta água da chuva por meio do calçadão de cimento de 200 metros quadrados construída a 1,80m do solo com sete metros de diâmetro.

Se em um mês chover cerca de 300 milímetros, o agricultor já poderá contar com um reservatório cheio com 52 mil litros para tocar sua produção. O calçadão também é usado para secagem de alguns grãos como feijão e milho e raspa de mandioca. Outra vantagem é a irrigação de quintais produtivos, o plantio de hortaliças e de plantas medicinais, além de auxiliar o fornecimento de água para os animais.

O projeto também prevê o desenvolvimento econômico e social do mundo rural. Os próprios agricultores serão capacitados e contratados para construir as cisternas, gerando novos empregos e movimentando a economia do município.

“Numa situação como a que estamos vivendo não tem solução única. Nós encontramos a solução nas cisternas, nas adutoras e nos sistemas simplificados de abastecimento de água. Aqui, em Pernambuco, não aceitamos cisternas de placas”, enfatizou Eduardo Campos.

O lançamento do projeto foi prestigiado por mais de três mil agricultores e agricultoras do Estado. Participaram também do evento, representantes dos sindicatos rurais e organizações da sociedade civil, bispos, prefeitos de 37 municípios, secretários e deputados estaduais.

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