Semiárido sofre com os impactos da seca

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No Sítio Barra, a cerca de 40 quilômetros da sede do município de Remanso-BA, vive a família de João Cícero Justiniano Souza, conhecido por Cícero da Barra. A experiência do agricultor em criar alternativas de convivência com o semiárido é referência em intercâmbios entre pessoas de diferentes comunidades, estados e até países.

A propriedade da família possui infraestruturas para captação e armazenamento de água que vão de cisternas e barreiros à Mandala, que é um sistema integrado de produção, onde tudo acontece a partir de um reservatório de água de forma arredondada, com capacidade para 16 mil litros. A plantação dos canteiros e fruteiras é feita ao redor desse reservatório.

Cícero conta que, no entanto, a propriedade e sua produção estão sendo duramente impactadas pela seca que tem atingido à Bahia nos últimos meses.

“Há 10 anos nossos barreiros não secam e este ano eles já estão sem água. Nossas cisternas de produção e de consumo da família estão secas. A mandala também está quase secando. Os animais estão bebendo água salobra de uma cafunda, que também está acabando. Na vizinhança, os animais ficam três, quatro dias com sede. Não sabemos o que fazer sem a chuva para juntar água. Tudo se acaba. É muito triste.”, lamenta Cícero.

A seca na Bahia já atinge milhões de pessoas. Essa é uma das secas mais longas dos últimos anos. Em algumas comunidades, as famílias precisam percorrer uma distância de cerca de 30 quilômetros para buscar água, que, não tem qualidade para o consumo humano. Organizações locais, como o Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais (Sasop), as Paróquias e os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais estão tentando sensibilizar o poder público, quase sem retorno.

O exército tem abastecido algumas comunidades com água para consumo humano, mas poucos são contemplados, negando o direito das famílias à água de qualidade e à alimentação adequada, garantida pela Constituição Brasileira. Nesse, contexto, muitas famílias acabam tendo que comprar água de carros pipa para encher as cisternas e tentar amenizar o problema.

Para contribuir com abastecimento de água nas comunidades rurais atingidas pela seca, entre em contato com o Sasop ou com o Sindicatos dos Trabalhadores Rurais de Remanso.

Contatos

Márcia Muniz

(71) 9204-0896 /(74) 3535-1548 /(74) 3535-0093

Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Remanso

(74) 3535-1240

Fonte: Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais (Sasop)

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