Governo rompe com programa de cisternas para o semiárido e população protesta
A decisão de Dilma Rousseff de romper com o programa da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), para construção de cisternas, tem provocado revolta e indignação entre a sofrida população que tantos problemas já enfrentam no semiárido, região que concentra mais da metade da população pobre do país.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) a partir de agora serão priorizadas parcerias com estados e municípios, descartando a ASA, para firmar convênios de repasses de recursos só com órgãos públicos, porque esta seria uma forma de evitar problemas de desvios de verbas.
A proposta seria substituir as cisternas de alvenaria, muitas vezes contruídas pela própria família ou comunidade beneficiada que passa a dominar a tecnologia para resolver possiveis problemas, por cisternas de plástico.
No entanto, a decisão gerou muitas especulações e ressalvas. Especialmente por se dar às vésperas de ano eleitoral. Por isso cerca de 15 mil pessoas teriam se reunido em Petrolina, contra a decisão.
Sob o pretexto da “moralização” das relações do governo em convênios, especialmente ONGs após os escândalos envolvendo o Ministério dos Esportes e outros, o governo anunciou que vai por fim a um importante programa que visa beneficiar uma região extremamente pobre. São 10 milhões de pessoas sem renda nenhuma ou que vivem apenas com os benefícios sociais do governo. Outros cinco milhões vivem apenas com um salário mínimo por mês.