Riquezas da Caatinga aborda o uso de transgênicos no Semiárido
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A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou recentemente a liberação da primeira semente de feijão transgênico para cultivo no país. A semente, desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), deve estar disponível para o plantio em 2014.
A notícia preocupa especialistas no assunto, como o assessor técnico da AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia, Gabriel Fernandes. Ele afirma que não foram realizados testes suficientes para comprovar se há riscos na saúde de consumidores ou quais são os efeitos ambientais na produção do feijão transgênico, pontos fundamentais e exigidos por lei para a liberação das sementes.
A autorização para o uso de sementes transgênicas é cada vez mais frequentes no País. Entre 2008 e 2011, já foram liberados 29 tipos, entre soja, milho, algodão e feijão. No entanto, há poucas pesquisas sobre os reais benefícios agrícolas e econômicos dos transgênicos e alguns estudos que já indicam os riscos no uso dessas sementes.
Devido à importância dessa discussão, a Articulação no Semi-Árido (ASA) abordou a temática Transgênicos no Semiárido no seu programa de rádio, o Riquezas da Caatinga. Gabriel Fernandes é um dos entrevistados do programa que aponta os riscos do consumo desse tipo de semente.
Por outro lado, o programa apresenta a preservação das sementes nativas como alternativa para as famílias do Semiárido. Essas sementes, que costumam ser armazenadas por agricultores e agricultoras, são adaptadas à região e não apresentam nenhum risco à saúde ou ao meio ambiente.
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