VII Festival de Convivência com o Semiárido reúne mais de 400 pessoas no Norte de Minas

"No Semiárido tem de tudo. O que não tem, a gente inventa"
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Atrações culturais foram o forte do Festival. | Foto: Tatiane Mendes

A Cáritas Diocesana de Januária, com o apoio da Cáritas Regional Minas Gerais, promoveu o VII Festival de Convivência com o Semiárido, na comunidade de Raizama, município de Bonito de Minas. O evento aconteceu no último dia 08, contando com representantes de organizações, agricultores e agricultoras de diversos municípios da região, além da participação de estudantes de outros países como Finlândia e Angola.

O VII Festival de Convivência com o Semiárido já é um evento tradicional na região. Ele tem contribuído para a divulgação dos produtos da agricultura familiar e das tecnologias de convivência com o Semiárido. Além de ser um espaço para troca de experiências, resgatando e fortalecendo a cultura regional e promovendo a capacitação dos agricultores, estudantes e técnicos da área.

O objetivo do evento é incentivar o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar e a preservação ambiental no Semiárido do Norte de Minas Gerais. Durante o Festival, os participantes puderam participar de oficinas de agroecologia; extrativismo; acesso a crédito pela agricultura familiar com foco no PAA e PNAE; educação ambiental; educação do campo; convivência com o Semiárido; água para produção de alimentos e consumo humano. O Festival também garantiu a exposição dos produtos da agricultura familiar, uma vez que os participantes puderam desfrutar das comidas típicas apresentadas.

Para Valmir Lopes, agente da Cáritas, este é um momento de festa dos agricultores e agricultoras. “Como o próprio nome diz, é um momento de comemoração, divulgação, defesa da cultura camponesa e, principalmente, de demonstração da importância da agricultura familiar”, afirmou. Valmir acredita que é muito gratificante para a Cáritas a realização do VII Festival. “Em todos os trabalhos apresentados pelos agricultores se tem o reflexo do nosso trabalho na região e isto é o que nos fortalece”, pontua o agente.

Um momento marcante do evento foi a divulgação da cultura popular tradicional. Com a participação de diversos artistas da terra, os participantes puderam ouvir a música de raiz, com Sr. Vicente e Recanto da Viola, a apresentação de repentistas e contadores de causos, com Seu Bauzinho, da comunidade de Traçadal, além da Orquestra Sons do Sertão, com o Grupo de Jovens da Chapada Gaúcha, Outras atrações do evento foram os reis do menino Jesus, com o Grupo de Mulheres Semeando para Crescer, da comunidade de Tejuco; a dança do lundu, da Comunidade de Lagoa Larga; a folia de reis e o samba, da Comunidade de Várzea da Manga; a dança de São Gonçalo, da Comunidade de Barreiras e São José I; os reis de Nossa Senhora Aparecida, e 0s  reis do bom Jesus, de Manfredo Magalhães, ambos da comunidade de Raizama.

O VII Festival de Convivência com o Semiárido teve encerramento com a apresentação do artista da música brasileira de raiz, o cantor e violeiro Téo Azevedo, que resgatou a moda de viola, repente, causos e lundu, mostrando a todos que a preservação da cultura é importante. Jerre Sales, agente da Cáritas Diocesana de Januária e organizador do evento desde seu surgimento, acrescenta que o Festival vai aperfeiçoando mais a cada ano que passa. “É a celebração dos resultados e conquistas dos agricultores e agricultoras nas comunidades de atuação da Cáritas”, conclui.

O Festival teve a parceria da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, da Prefeitura Municipal de Bonito de Minas, do Instituto Estadual de Florestas (IEF), do WWF, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

 

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