“Já estamos com quase 100 mil cisternas no Ceará”

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A numeração pintada na placa que marca cada cisterna já é alta. A quantidade de reservatórios encontrados pelo O POVO nas andanças pelo sertão mostram que a alternativa de abastecimento está bem difundida. As primeiras cisternas construídas foram iniciativa da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), reunião de organizações da sociedade civil para a convivência com o semiárido. A informação é da coordenadora-executiva da ASA no Ceará, Cristina Nascimento.

“A solução (para levar água ao sertão) era sempre construção de grandes açudes que não resolviam problemas por estarem distantes das famílias que mais necessitavam de água. A água da cisterna é a que pode ser guardada e serve para o consumo humano”, frisa. A partir dessa ideia, a ASA criou o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC).

Desde que começou, em 2003, 48.308 cisternas foram construídas no Ceará pelas organizações integrantes da ASA dentro do P1MC. Em todo o semiárido brasileiro, são mais de 300 mil cisternas. “Atualmente, está em execução um contrato com o Governo do Estado para execução de 26.500 cisternas. Já estamos com quase 100 mil cisternas no Ceará”, comemora a coordenadora.

A ASA executa ainda o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), que leva cisternas maiores para garantir água para produção agrícola. “A ‘segunda água’ é pra produção, mas precisamos da terceira água pras mulheres lavarem a roupa, precisamos da quarta, da quinta… de muitas águas. Porque a mesma necessidade que o povo da cidade tem de tomar banho, de escovar dente, lavar roupa, de limpar a casa, as famílias do interior também têm”, defende Cristina Nascimento. (ML)

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