VII Festival de Convivência com o Semiárido
No semiárido tem de tudo, o que falta a gente inventa
Os sertanejos da região do médio São Francisco estão convidando toda população a conhecer, socializar e celebrar a história de convivência com o semiárido, no próximo dia 8, durante o VII Festival de Convivência com o Semiárido, na comunidade rural de Raizama, em Bonito de Minas.
O evento, promovido pela Cáritas Regional Minas Gerais, reunirá famílias e jovens de São Francisco, Pintopólis, Chapada Gaúcha, Bonito de Minas, Miravânia, Manga, Pedras de Maria da Cruz, Varzelândia, Ibiracatu, Januária, Cônego Marinho, Itacarambi, São João das Missões e Matias Cardoso.
O Festival é uma oportunidade de troca de experiências e intercâmbio entre as comunidades rurais, que poderá participar de oficinas, apresentações culturais, feira e exposição de produtos.
Contextualizando – Essa é uma região de grande variedade de fauna e flora, que misturam caatinga, cerrado, mata seca e mata atlântica, região das vazantes, barrancos e das gerais, onde vivem, há mais de 400 anos, povos que nunca se deixaram amedrontar pela polêmica da seca, nem tiveram sua riqueza econômica, política, religiosa e cultural diminuídas.
De Antonio Dó a Lampião, coronéis latifundiários à reforma agrária, a luta por estas terras e poder político é grande. Outra grande luta é a água para produzir o ano todo.
A Cáritas Diocesana de Januária, na defesa dos excluídos e excluídas e na luta por uma sociedade justa e plural vem com projetos que visam construir a convivência no semiárido, promovendo a mobilização social do povo para que eles sejam sujeitos ativos na cobrança do que lhes é de direito, vivendo com cidadania. É a luta por política pública que distribua terra e água para todos, é a promoção de intercâmbios que geram a integração de agricultores experimentadores, cientistas populares, que inventam entre tantas possibilidades de “bem viver” no semiárido, manejos produtivos e formas de armazenar e aproveitar água da chuva para viverem tranqüilos no sertão o ano todo.
