CAA realiza oficina sobre cooperativismo e acesso a mercados
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Nos dias 20 e 21 de setembro, o Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas realiza na Área de Experimentação e Formação em Agroecologia (AEFA), a Oficina Associativismo, Cooperativismo, empreendedorismo e acesso aos mercados para produtos do Projeto Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS). Participam cerca de 30 parceiros, oriundos das comunidades rurais, além de representantes do poder público e de escolas estaduais do município de Montes Claros.
O coordenador do projeto PAIS Nilton Fábio Lopes coloca que o objetivo da oficina é construir uma rede de comercialização de produtos com os sujeitos locais, a fim de fortalecer as feiras e proporcionar o acesso às políticas públicas de abastecimento.
No primeiro dia serão abordados temas como cooperativismo e associativismo, a partir da experiência da Cooperativa Grande Sertão. No segundo dia, o debate abordará questões referentes às políticas de apoio a comercialização e abastecimento, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar. A atividade prática será a elaboração de um projeto de venda de produtos, que contará com a presença dos gestores públicos e parceiros locais. Também serão discutidas estratégias para o fortalecimento das feiras locais, a partir das contribuições do projeto PAIS.
Hamon Ferreira de Souza, técnico de campo, afirma que, segundo levantamento feito nas visitas técnicas, os agricultores e agricultoras da região de Montes Claros envolvidos no projeto, cultivam e comercializam em média 40 variedades de alimentos. “Não estamos contabilizando os sub-produtos como queijo, requeijão, beiju e temperos, o que aumentaria de forma considerável este número”, reforça.
O Projeto PAIS capacitou em dois anos, 165 famílias e implantou 110 unidades de produção de alimentos. Os municípios beneficiados foram Montes Claros, Bocaiúva, Ibiracatu,Varzelândia e Janaúba. As ações são financiadas pela Petrobrás e Fundação Banco do Brasil.
Como funcionam – Os sistemas implantados integram criação de pequenos animais com produção de frutas, grãos, tubérculos e hortaliças e contribuem efetivamente para a melhoria da qualidade de vida das famílias, tendo como foco a produção de alimentos (hortaliças, aves e outros). O objetivo principal dos arranjos implantados é a segurança alimentar, o acesso ao alimento de qualidade, produzido de forma agroecológica, sem utilização de agrotóxicos. Porém a produção excedente já começa a fortalecer as feiras e mercados locais.
“O que se espera é que a expansão dos mercados locais e a construção de políticas publicas, privilegiem estas ações como um caminho para o desenvolvimento local”, enfatiza Leninha Alves, coordenadora de articulação do CAA-NM.