Entidades da ASA-PB participam de encontro nacional sobre acesso a Terra que acontece em Teresina

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Entidades de agricultores e agricultoras familiares da ASA Paraíba, Articulação do Semiárido Paraibano, vão participar do Encontro Nacional de Acesso à Terra que acontecerá nesta quinta- e sexta-feira, 11 e 12 de agosto, em Teresina-PI e que pretende proporcionar reflexões e debater sobre a democratização da terra que garanta a soberania alimentar das famílias agricultoras do Semiárido brasileiro.

Stúdio Rural conversou com o representante da ONG AS-PTA, Luciano Marçal da Silveira(foto), que informou tratar-se de um evento que fará com que a ASA Brasil coloque um pouco das experiências acumuladas nas várias regiões do semiárido de maneira que tragam essas contribuições em torno do debate do acesso a terra, lembrando que acerca de cinco anos passados foi debatido através de grande evento e que é preciso atualizar as discussões sobre o papel das propriedades rurais produtivas e suas limitações em razão das pequenas quantidades em áreas. “Permanece um desafio muito forte e nosso papel nesse encontro vai ser, de um lado mobilizar nossas experiências de como a questão da terra se manifesta de várias formas, desde os processos de reforma agrária e sua trajetória na consolidação da agricultura familiar, como é que eles vêm se fazendo, ao mesmo tempo resgatar as formas de acesso as terras tradicionais como as áreas quilombolas, os fundos de pastos, os povos indígenas e como se dá os processos de apropriação de uso dessa terra e desse território”, explica Silveira acrescentando que também será debatido como é que o acesso a terra se manifesta relacionado aos grandes projetos que, na opinião daquela liderança, tendem a expulsar as famílias dos perímetros irrigados, das barragens dentre outras formas de impactos negativos na relação desses dois modelos de agricultura que se exerce no país.

Ele disse que participarão mais de 100 agricultores e lideranças diversas da agricultura familiar dos estados nordestinos e de Minas Gerais que trabalharão pautas engajadas em apontar caminhos para a superação da miséria na região Nordeste e tem na terra o instrumento capaz de ofertar a capacidade de gerar trabalho e ofertar riquezas e alimentos saudáveis para as famílias que vivem no semiárido. “Uma outra coisa importante a citar é que ao final do evento a gente vai ter uma mesa com os movimentos sociais, a ASA sabe que existem vários movimentos que estão na luta pela terra há muito tempo e que nós precisamos, num momento como esse, também abrir um diálogo onde a nossa contribuição e reflexão possam ajudar subsidiar o debate que os movimentos de luta pela terra já vêm fazendo”, explica.

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