Agricultores familiares do Piauí avaliam o P1+2

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 Encontro reuniu comissões municipais e agricultores/as no auditório do sindicato de Pedro II | Foto: Paula Andréas

O Centro Regional de Assessoria e Capacitação (Cerac), Unidade Gestora Territorial do Programa Uma Terra e Águas (P1+2), reuniu no último sábado (6), no auditório do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais no município de Pedro II, as comissões municipais, equipe técnica e famílias beneficiadas nos municípios de Pedro II, Lagoa do São Francisco e São João da Fronteira para avaliar as ações do programa, seus impactos e perspectivas.

Durante o Encontro Comunitário, os agricultores conheceram mais sobre a Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA), sobre a atuação do Fórum Piauiense de Convivência com o Semi-Árido e tiraram dúvidas sobre o P1+2, conhecendo cada etapa e o processo de execução.

As famílias beneficiadas nesses três municípios receberam a cisterna- calçadão, tecnologia com capacidade de armazenar 52 mil litros de água, que será utilizada para produção de quintais produtivos ou criação de pequenos animais. O programa visa proporcionar as famílias garantia de soberania e segurança alimentar, visto que as mesmas produzirão alimentos de qualidade, pois são incentivadas a não usarem agrotóxicos ou adubos químicos na produção.

José Maria Saraiva, coordenador do P1+2 pelo Cerac, falou sobre os perigos do agrotóxico e apresentou para o grupo o filme “O veneno está na mesa”, documentário da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, realizado pelo cineasta brasileiro Silvio Tendler.

O agricultor Antônio Martins, da comunidade Campo do Morro, em São João da Fronteira, comentou a importância do P1+2, que proporciona aos agricultores a oportunidade de conhecer assuntos importantes como o perigo dos agrotóxicos. Segundo ele, todos que trabalham com esses produtos químicos sabem do risco, mas não tem noção do quanto é prejudicial à saúde. “Quem trabalha na roça e usa [agrotóxico], pensa que faz mal, mas não leva muito a sério. Vendo esse filme, a gente fica até com medo”, diz.

Outro tema discutido no encontro foi a importância da organização nas comunidades, através de associações ou cooperativas, na busca de melhoria de vida para as famílias. Durante o encontro as famílias puderam ainda trocar experiência sobre organização comunitária e discutiram sobre as dificuldades e desafios a superar.

Para Lucelene Pereira, membro da Comissão Municipal de Lagoa do São Francisco, o Programa Uma Terra e Duas Águas vai além de construção de cisterna, ela destaca a mudança de vida proporcionada às famílias. “Além de ter a água para beber, para produzir, as famílias passam por experiências únicas de aprendizagem, trocas e vivências, isso com certeza fica marcado na vida delas,“ diz.

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