Melhoria para o meio rural

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Uma busca por 500 mil pessoas em situação de miséria no meio rural deve começar nos próximos meses. O objetivo é identificar onde estão e como melhorar a condição de vida de cerca de 100 mil famílias de agricultores familiares que atualmente vivem em condição de extrema pobreza – menos de R$ 70 por mês por pessoa, ou apenas R$ 2,30 por dia para sobreviver.

A ação faz parte do programa Brasil Sem Miséria, do governo federal, e vai coordenar ações que vão desde o acesso dessas populações à água potável e à documentação, até financiamento e assistência técnica para melhorar a produtividade e as condições de geração de renda. Em Pernambuco, 1,4 milhão de pessoas vivem abaixo da linha de pobreza. Na região Nordeste são 9,6 milhões de pessoas nestas condições.

Um levantamento preliminar da Secretaria de Agricultura aponta que cerca de 80 mil pessoas que vivem nas áreas rurais não têm acesso à água potável. Quanto à eletrificação, os cálculos apontam a necessidade de instalação de pelo menos 25 mil pontos para dar acesso à energia elétrica para estas famílias que hoje vivem na extrema pobreza.

“Não é fácil chegar a essas famílias. Muitas vezes são pessoas sem documentação e por não terem documentos, não conseguem nem ter acesso ao Bolsa Família. Vamos fazer um cruzamento do Cadastro Único do Ministério do Desenvolvimento Agrário e da DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf) e mapear o estado para atuar em cada região com as necessidades localizadas”, explica o secretário executivo estadual de Agricultura Familiar, Aldo Santos.

Pernambuco é atualmente o terceiro estado com maior número de inscritos no programa Bolsa Família, atrás apenas da Bahia e do Ceará. O foco principal serão as comunidades quilombolas, indígenas e os assentamentos rurais.

Além de questões básicas, como documentação, água e energia, serão foco das ações, as atividades que proporcionem aumento da geração de renda, a exemplo da criação de animais e do beneficiamento de produtos. Os agricultores também serão inseridos no Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA).

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social, nesta primeira etapa serão aplicados R$ 2,4 milhões em assistência técnica e R$ 23,7 milhões para a ampliação de unidades básicas de saúde. “A dívida social é muito grande. O estado tem o papel de buscar estas pessoas. O programa tem meta de dois anos, mas os resultados devem aparecer de imediato porque muitas ações simples já têm resultado rapidamente.

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