Crateús realiza VII edição da Feira da Economia Popular Solidária e Agricultura Familiar
A comercialização e o consumo solidário movimentam o Semiárido cearense durante o evento.
No espaço do Semiárido cearense, nos sertões de Crateús, acontece ano após ano um movimento rumo à comercialização a ao consumo solidário. Estamos falando da Feira da Economia Popular Solidária e Agricultura Familiar, este ano em sua VII edição. Esta é uma das maiores feiras de comercialização solidária do estado do Ceará, este ano vai contar com cerca de 400 feirantes nos dois dias do evento, que acontecer nos dias 30 de junho e 01 de julho.
A feira de Crateús abarca um espaço bem maior do que o das barracas: ela ocupa a cidade, o coração e a mente das pessoas. A preparação se intensifica a partir do mês de março e reúne 25 organizações, entre sociedade civil e poder público, que em parceria aprontam o desenho e a programação dos dois dias. Entre as organizações da sociedade civil está o Fórum Microrregional de Convivência com o Semiárido. Na organização da Feira, destacam-se a consolidação das oficinas como espaço de formação para os produtores e produtoras, a programação cultural que têm como protagonistas os artistas locais o grande número de feirantes que estarão presentes.
Na perspectiva da economia popular solidária, as feiras se constituem como uma importante estratégia de comercialização que combina espaços de venda direta e trocas solidárias. Além de viabilizar a produção dos bens e serviços comercializados, estes espaços também resgatam relações personalizadas entre produtores e consumidores, favorecendo a fidelidade do consumo de produtos e serviços de origem solidária, também da produção familiar e, em muitas delas, da produção agroecológica. As feiras proporcionam também o encontro e o intercâmbio de conhecimentos conceituais e práticos e o fortalecimento da articulação da economia solidária em fóruns e/ou redes.
A ideia das feiras que juntam a economia popular solidária e a agricultura familiar surgiu como uma resposta e uma alternativa dos trabalhadores, trabalhadoras e das comunidades em relação às transformações ocorridas no modo de consumir imposto pela sociedade capitalista.
