Museu do Sertão resgata história do semiárido

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A história do Museu do Sertão começou a ser desenhada em 1970, quando o jovem Benedito Vasconcelos decidiu que a partir de então, guardaria, por hobby, todas as peças que fizessem alusão ao semiárido nordestino. Hoje, 41 anos depois, o Museu possui aproximadamente 1.500 peças, divididas em 11 galpões. São materiais como engenhos de rapadura, utensílios domésticos, casa de farinha, alambiques de cachaça, entre outros, que compõem o cenário da fazenda Riacho Verde, local onde o Museu foi construído.

Para Benedito Vasconcelos, hoje professor aposentado pela Ufersa, mas exercendo a função ainda na Uern, o Museu é fruto de muita dedicação e motivo de orgulho. “Fico muito feliz e gratificado quando vejo o Museu em atividade, pois de certa forma estamos contribuindo para o resgate dessa história fantástica que é a do sertão do semiárido. As peças que aqui estão não são encontradas em nenhum outro museu do país”, afirma o professor.

A ideia de possibilitar o acesso da população ao acervo histórico surgiu em 2003. Até essa data, todo o material estava guardado na fazenda do professor Benedito, sem que o público pudesse conhecer as raras peças. “Foi somente em 2003 que o Museu foi efetivamente criado. Devido ao grande número de peças, resolvi transformar minha fazenda em um grande museu, que foram colocadas em galpões gigantescos devido ao tamanho desse material. Nenhum museu de Mossoró, Natal e Fortaleza tem capacidade para receber esse acervo, por isso a necessidade de um local tão extenso” explica Benedito Vasconcelos.

Desde que foi criado oficialmente, o Museu já recebeu um grande número de visitas. De acordo com o professor Benedito, praticamente todas as escolas do município e do interior já conheceram o local. “Além das escolas, já fomos visitados também por estudantes de Universidades do Ceará, Paraíba e por institutos científicos nacionais”, destaca empolgado o professor.

Atualmente visitas estão suspensas e serão retomadas dia 18 de Junho

Desde o final de fevereiro o Museu suspendeu suas atividades, por que o período chuvoso danificou as estradas que dão acesso ao local. As atividades serão reiniciadas somente no dia 18 de junho. “Como o acesso à fazenda foi prejudicado com o volume de chuvas, decidimos interromper as visitas temporariamente, até que as estradas sejam consertadas. No dia 18 do próximo mês voltaremos normalmente às atividades”, explica o professor.

As visitas ao Museu do Sertão acontecem uma vez ao mês e devem ser agendadas com antecedência. Não é cobrado ingresso para ter acesso ao local, bastando somente doar um quilo de alimento não-perecível diretamente ao Lar da Criança Pobre. “As doações devem ser feitas à Irmã Ellen, que mantém a instituição. Nunca tive interesse em buscar patrocínio, pois o Museu é um hobby que eu tenho”, sintetiza Benedito.

O Museu do Sertão fica localizado na fazenda Riacho Verde, estrada de Alagoinha, a quatro quilômetros do conjunto Abolição 4. As visitas podem ser agendadas através do telefone 9972-2193 ou pelo e-mail beneditovasconcelos@gmail.com .

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