P1+2 realiza curso de pedreiros para empregar mão de obra local
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Pedreiros finalizam o calçadão |
A Cáritas Diocesana de Januária realizou uma capacitação com pedreiros da região para construção de cisternas de placas. A capacitação da mão de obra local vai contribuir para agilizar as construções de mais 80 cisternas-calçadão para famílias agricultoras nos municípios de Bonito de Minas, Japonvar e Cônego Marinho. Essa ação é executada através do Programa Uma Terra e Duas Águas, o P1+2, desenvolvido pela Articulação no Semi-árido – ASA e executado na região pela Cáritas.
A capacitação aconteceu entre os dias 25 de abril a 04 de maio, na casa de seu Francisco, na comunidade de Maria Crioula, município de Bonito de Minas. No curso, os participantes construíram a primeira das 80 cisternas que serão construídas nesta etapa do projeto.
O curso foi promovido com a intenção de qualificar a mão de obra local para que estas sejam empregadas nas construções. De acordo com o coordenador do P1+2, Valmir Lopes Queiroz, além de empregar mão de obra local, o curso também tem a intenção de formar os pedreiros. “São eles que irão discutir como construir e manter a cisterna funcionando, que vão dialogar com as famílias sobre as ações e políticas que existem para a convivência com o semi-árido”, explicou Valmir.
Participaram do curso pessoas das comunidades de Ibiracatu, Bonito de Minas e Cônego Marinho. Havia muitos pedreiros que também são agricultores, como seu Antonio Borges de Jesus que há mais de cinco anos trabalha na construção de cisternas de placas para complementar a renda. Já Edinaldo Ferreira de Souza, de Cônego Marinho, também é um jovem trabalhador rural. Com vinte anos de idade, ele participou pela primeira vez do curso. Edinaldo acha que esse é um importante trabalho para as famílias da região. Todos eles acreditam que o curso é de extrema importância tirar algumas dúvidas dos pedreiros, como as medidas de massa e sobre como conversar com as famílias. Eles também afirmam que saem do curso se sentido seguros de que farão um trabalho de qualidade.
Segundo o instrutor do curso, Décio Mendes Barbosa, essa foi uma das melhores turmas que ele já trabalhou, pela disciplina e dedicação para aperfeiçoar a técnica de construção das cisternas. Ele ainda afirmou que os pedreiros fazem muito mais do que construir as tecnologias. Eles são os animadores das famílias, os multiplicadores, e que muitos agricultores, assim como ele, posteriormente, vêm a ajudar na construção ao perceber a importância do armazenamento desta água para a segurança da alimentação da família e na geração de renda.
A cisterna-calçadão é uma tecnologia de armazenamento de água da chuva, com capacidade para 52 mil litros, pensada para que agricultores do semiárido possam produzir alimentos mesmo nos períodos de escassez das chuvas.