A mineração de urânio e fosfato e seus impactos socioambientais para saúde

Compartilhe!

“Ou o ser humano se torna o anjo protetor da Mãe Terra e da Irmã Água ou ele será o anjo exterminador da nossa única casa comum, o Planeta Terra” (Leonardo Boff).

Estamos vivenciando um momento muito delicado na política brasileira e em nível mundial: o aumento das atividades minerárias financiadas pelo Estado e o massivo investimento em produção de energia nuclear. O recente acidente nos reatores da Usina Atômica de Fukushima, no Japão, unido a acidentes nucleares em anos passados, prova que a energia nuclear não é limpa nem segura. 

Para atender a demanda por urânio das usinas atômicas que o Governo Federal pretende construir, a atenção é voltada agora para a Mina de Urânio de Itataia, no município de Santa Quitéria, no Semiárido cearense. Outro ramo que tem recebido amplo apoio dos governos é o agronegócio, e portanto, a mineração de fosfato utilizado na produção de fertilizantes químicos, que é encontrada na mesma área da Mina, servirá para fortalecer ainda mais as atividades predatórias do meio ambiente e da saúde humana.

Preocupadas/os com esta situação e com os conhecimentos básicos sobre os impactos negativos deste tipo de mineração para as populações do entorno, o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST), a Comissão Pastoral da Terra (CPT,), a Cáritas Diocesana de Sobral, a ONG Cactus e o Núcleo Trabalho, Meio Ambiente e Saúde para a sustentabilidade (Tramas) da Universaidade Federal do Ceará (UFC) promoveram nos dias 04, 05 e 06 de maio, no município de Itatira, um seminário de estudo sobre a matriz energética atual, o modelo de desenvolvimento capitalista e a mineração, como também de planejamento das ações de enfrentamento a serem desenvolvidas ainda este ano de 2011. 

O seminário contou com a participação de cerca de 50 pessoas entre organizações e movimentos sociais e moradores das comunidades que ficam no entorno do local, proposto para a instalação da Mina.

A questão energética no contexto do modelo de desenvolvimento capitalista, o avanço do nuclearismo mundialmente, o modelo energética brasileiro e as alternativas energéticas e as perspectivas das comunidades atingidas foram algumas das principais discussões empreendidas no seminário. Contribuíram para o fomento dos debates o padre Ricardo Cornwall da Diocese de Quixadá, o Professor Paulo Carvalho, do Departamento de Engenharia Elétrica da UFC, representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), entre outros.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *