Resultados exitosos valorizam parceria da ASA com Governo Dilma
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Marco Dal Fabbro na fala de abertura do evento nacional em Pesqueira. Foto: Daniel Feijó/ ASACom |
Em entrevista concedida à Assessoria de Comunicação da ASA, o diretor de Promoção da Alimentação Adequada do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Marco Dal Fabbro, fala sobre a inclusão das políticas públicas de convivência com o Semiárido no Plano Plurianual do Governo Federal, bem como sobre a importância do II Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadores do Semiárido.
ASACom – Durante os oito anos da gestão do presidente Lula, houve uma grande aproximação entre a Sociedade Civil, através da ASA, e Governo, especialmente com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Como isso está pensado na gestão da presidenta Dilma?
Marco – Eu avalio que a experiência fala por si só. Toda a construção que o MDS fez com a ASA em torno do fornecimento de água para as famílias, para famílias beneficiadas pelo Bolsa Família, famílias que têm alguma sorte privação dos seus direitos e bens e serviços, água é um bem importante. Nós entramos em 2011 sob a gestão da presidenta Dilma com uma ação concreta a mostrar. Penso eu que este governo, no que se relaciona à parceria entre o MDS e a ASA, vamos avançar, por conta dos resultados que são muito exitosos. Em pouco menos de oito anos (se passarmos a contar do final de 2003 até 2010), nós já chegamos com quase 400 mil cisternas. Levando em consideração que uma cisterna pode beneficiar uma média de cinco pessoas, contando pai, mãe e três filhos, nós temos quase dois milhões de pessoas beneficiadas. Então é uma ação concreta e relevante. Essa experiência tem a capacidade de indicar para o governo o quão importante é manter parcerias com a sociedade civil diante de um contorno adequado. Avalio que na implementação de políticas públicas há espaços para construção de diversos arranjos, entre esses, avalio a relação com a sociedade civil um processo bastante exitoso.
ASACom – Existe uma perspectiva de ampliação das políticas voltadas para o acesso à água. Como isso deve acontecer na prática?
Marco – Nós temos um contingente bastante desafiador de famílias a ser atendido com o acesso à água para consumo humano e também para produção. Para isso, nós temos experiência com a ASA, com estados, municípios, enfim. Eu penso que esse conjunto de iniciativas precisa se articular em torno de um objetivo comum. A presidenta manifestou, assim que tomou posse, um compromisso muito expressivo e orientador da política de governo, que é a erradicação da extrema pobreza, e essas iniciativas em curso devem dialogar com esse plano [de governo], porque trouxe resultados efetivos. Hoje [28/04], inclusive, é o dia da Caatinga, e eu quero aproveitar para parabenizar a população do Semiárido, que tem lutado e convivido com a região. Não e fácil você permanecer numa situação adversa, ou seja, num bioma que tem suas particularidades, que não tem a escassez de água, mas tem um volume de água concentrados num único período. Isso impõe desafios muito grandes. Então, precisamos somar esforços, aprimorar desenhos, buscar maior competência e mais eficácia nas nossas ações enquanto governo que apóia, coopera e participa […] para que, efetivamente, possamos contribuir com as famílias, que são o objeto do nosso trabalho. O fim da nossa ação é o bem-estar das famílias, é a cidadania delas. São as famílias acessando bens, serviços e direitos.
ASACom – Você poderia apontar outras iniciativas que poderão contar com o investimento do governo?
Marco – Nós [o Governo Federal] estamos num momento de elaboração do Plano Plurianual e o governo está inovando bastante, na linha de buscar aprimorar sua gestão. […] Entendo, isso tem sido apontado pela própria Presidente da República, que ações de inclusão produtivas são muito importantes, principalmente àquelas voltadas para as famílias que ainda devem alcançar um desenvolvimento social. Para essas famílias, existe um conjunto de oportunidades e cabe à sociedade e ao governo tentar inseri-las nesse contexto. Em particular no Semiárido, trabalhar adequadamente a terra, usar os recursos hídricos também de maneira adequada, indicar oportunidades para os jovens e investimentos que se relacionem ao uso adequado dos recursos naturais, sejam eles solo ou água, provendo a essas famílias implementos, sementes, mudas, que tragam à agricultura familiar e as famílias um leque de possibilidades.
ASACom – Como você avalia a importância de eventos como esse na construção de novas políticas e no direcionamento daquelas que já existem?
Marco – Estamos aqui em Pesqueira exatamente vivenciando experiências, como diz o título do evento, de agricultoras e agricultores experimentadores. Eu acredito que a vivência dessas pessoas no seu dia a dia traz uma capacidade excepcional de indicar aos gestores de políticas públicas, às organizações, aos governos estaduais, enfim, a todos aqueles que buscam trabalhar com o desenvolvimento do Semiárido brasileiro, lições de vida, de oportunidade e de conquistas. Esses exemplos são fundamentais para balizar o Plano [Plurianual] que estamos construindo.