Capacitação para bancos comunitários de sementes segue até julho

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A capacitação dos agricultores que vão participar da implantação e gestão de 600 bancos comunitários de sementes segue até o dia 31 de julho. Esse é o novo prazo que as seis entidades contratadas obtiveram para prestar o serviço, de acordo com um termo aditivo assinado nesta sexta-feira (14), na sede da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), em Maceió.

Por meio do Projeto de Bancos Comunitários de Sementes, o governo do Estado pretende estimular o uso de tecnologias apropriadas à convivência no Semiárido, oferecer uma alternativa para preservação das sementes nativas de cada região, as chamadas sementes crioulas, e dar mais autonomia aos agricultores, que terão as sementes à disposição no momento em que necessitarem.

“Para que os bancos sejam implantados, é preciso que a comunidade local saiba de sua importância, como eles serão usados, quais serão os benefícios e quem serão os responsáveis pela gestão, por isso as entidades que já têm aptidão com esse tipo de trabalho foram selecionadas por meio de um edital para fazer as capacitações”, destacou a diretora de Projetos Especiais da Seagri, Cristina Cavalcante.

Participaram da assinatura do termo aditivo, na manhã desta sexta-feira (14), representantes das seis entidades, que são as seguintes: Cooperativa dos Bancos Comunitários de Sementes (Copabacs), Federação das Associações Comunitária de Ouro Branco (Facob), Central Estadual das Associações de Agricultores Familiares (Ceapa), Associação de Agricultores Alternativos (Aagra), Centro de Apoio Comunitário de Tapera em União a Senador Rui Palmeira (Cactus) e Fundo para o Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Fundaf).

Autonomia para produção – Segundo a presidente da Aagra, Maria de Souza Santos, em cada comunidade onde será implantado um banco de sementes são capacitadas 20 pessoas, que fazem parte de um cadastro após demonstrarem interesse no assunto. “Elas participam das oficinas e aprendem várias coisas que envolvem plantio, colheita e diferença entre grão e semente, além de noções de agroecologia”, salientou.

“As sementes são a cara do agricultor”, disse Maria de Souza Santos, completando: “ter mais autonomia com o banco significa acreditar em si próprio”. Para o presidente da Ceapa, Genivaldo Vieira da Silva, “a terra do agricultor familiar deve ser tratada como mãe, e não como garimpo”.

“O governador Teotonio Vilela determinou que o apoio ao agricultor familiar é prioridade, e nós queremos que esse agricultor possa obter renda e ganhar dinheiro com aquilo que ele sabe fazer, sem precisar sair do campo”, disse o secretário adjunto de Estado da Agricultura, José Marinho Júnior.

“Sabemos que os bancos vão poder armazenar as sementes melhor adaptadas à região, que vão ter boa produtividade, e isso vai resultar numa safra que compensa os investimentos. Por esse motivo, a Seagri coordena esse programa e está de portas abertas a vocês”, afirmou José Marinho Júnior, dirigindo-se às lideranças que assinavam o termo aditivo.

Agência Alagoas

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