Bezerra promete fortalecer irrigação

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Único pernambucano a integrar o ministério da presidente Dilma Rousseff, o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Fernando Bezerra Coelho (PSB), assumiu, ontem, o Ministério da Integração Nacional, em Brasília, empolgado com o cargo e prometendo redimensionar a Pasta, dando-lhe uma atuação nacional e desmistificando a imagem de ministério que só trata das questões do Nordeste e do Norte. Com elogios aos governos Lula (PT) e Eduardo Campos (PSB), o novo ministro anunciou – no discurso – que vai também reestruturar, reposicionar e fortalecer o Ministério e seus órgãos de planejamento e execução.

Indicado pelo governador Eduardo Campos, na cota do PSB, mas com o endosso dos governadores nordestinos, Fernando Bezerra Coelho, assegurou que vai cumprir a primeira das recomendações da presidente Dilma, que é a conclusão da Transposição do Rio São Francisco e da Ferrovia Transnordestina. “Vamos conferir os cronogramas, agilizar projetos, celebrar e revisar contratos, para assegurar que estas duas importantes obras de infraestrutura sejam concluídas nas datas que estão fixadas”, ditou.

Outdoors espalhados pelo Recife, com fotos de FBC e Eduardo Campos – assinados por “amigos pernambucanos” –, podem ser visto saudando a posse do novo ministro da Integração Nacional. No discurso, em Brasília, Bezerra Coelho anunciou também o fortalecimento da Sudene e da Sudam para cumprirem um novo processo de planejamento e desenvolvimento regional, e a implantação, ainda no começo da gestão, da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), com as mesmas funções.

A transmissão do cargo contou com as presenças dos governadores nordestinos Eduardo Campos, Cid Gomes (PSB-CE), Marcelo Déda (PT-SE), Jacques Wagner (PT-BA) e Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL), deputados e senadores federais da Região. Entusiasmado, Fernando Bezerra Coelho revelou que vai criar a Secretaria Nacional de Irrigação, no bojo de uma reestruturação da Pasta. “Vamos dar maior velocidade à implantação de novos perímetros irrigados. A agricultura irrigada será priorizada”, projetou.

O ministro prometeu ouvir universidades, centros de pesquisa, os governadores e parlamentares na formulação das políticas e execução das ações. Ao ressaltar que o Brasil não é mais “o País do amanhã”, e sim “o País do hoje”, Bezerra Coelho acrescentou que Lula “mostrou que o destino do Brasil é a prosperidade e a construção de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária”. Realçou que o Brasil que Dilma recebe é muito melhor que o Brasil que Lula recebeu, por isso, o desafio é ainda maior: “O nosso desafio é fazer mais e fazer melhor”.

Para reposicionar a Pasta, o ministro disse que vai buscar parcerias com ministérios e com empresas como o BNDES e a Petrobras. “A Amazônia e o Nordeste continuarão prioridades, mas é também dever do Ministério ter uma atuação mais relevante nas áreas pobres de outras regiões (do País)”, declarou.

Bezerra Coelho revelou ainda que vai levar para o Ministério “o modelo de gestão pública de Pernambuco”, focando em resultados, transparência, eficiência e competência.

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