Respeito às diversidades foi debate na ASA Potiguar

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Confiram os aprendizados em 2010 e os desafios para 2011 da ASA Potiguar na entrevista feita pela comunicadora popular, Iracema Maniele, com o coordenador da ASA Estadual, José Edson.

Iracema – Quais os principais aprendizados da ASA Potiguar em 2010?

José Edson – Nós tiramos como um dos principais aprendizados a capacidade de ouvir, exercitamos a paciência pedagógica, nos possibilitamos a (re)sonhar com um Semiárido possível, a partir de uma revisão possibilitada pelos nossos dez anos de caminhada. Refletimos, também, sobre a nossa existência plural e dinâmica que nos faz diversos, capazes de caminhar de forma harmônica com respeito às identidades particulares de entidades, regiões e pessoas. Aprendemos a rever que determinados processos têm sua dinâmica particular e, por isso, necessitam de uma forma particular de vivenciá-los e, isso, significa um outro olhar sobre a realidade na qual vivemos. 

Iracema – Quais os desafios vislumbrados para 2011 no cenário do Estado?

José Edson – Existe uma série de desafios que perduram e que, na dialética da história, podemos encará-los como estímulos à continuidade da luta pela transformação e pela convivência justa e solidária com o Semiárido. Precisamos ampliar a capacidade de todos e todas de vivenciarem práticas agroecológicas e de economia solidária, estimular a produção a partir de iniciativas comunitárias, sobremaneira, aquelas que levem em conta o respeito e a proteção dos recursos naturais com o uso de iniciativas, tais como bancos de sementes (animais e vegetais) e o aprimoramento em qualidade e quantidade das ações de educação ambiental desenvolvidas nas atividades de formação que já temos e, em algumas outras, que possamos e devamos realizar.

Ampliar a participação de sindicatos, associações, cooperativas e uma série de outras organizações da sociedade civil na perspectiva da participação contributiva não somente nos processos internos da ASA, mas em uma série de outras empreitadas que a Articulação se envolva no âmbito da sociedade de um modo geral. Aprofundar as reivindicações e ações na perspectiva de conquistar políticas públicas que encarem como centralidade o acesso à terra com garantias de assessoria, a continuidade do acesso à água para todos e todas, a preocupação com o avanço em relação as políticas públicas para a agricultura familiar e, em suma, um aprofundamento na relação com o Estado e as políticas públicas com a construção de processos que respeitem as peculiaridades do Terceiro Setor.

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