ASA Paraíba aponta o debate sobre o papel das mulheres e da juventude como desafio

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Confiram quais são os aprendizados de 2010 e os desafios para 2011 da ASA Paraíba na entrevista que a comunicadora popular, Patrícia Ribeiro, fez com a coordenadora da ASA Estadual, Maria da Glória.

Patrícia – Quais os principais aprendizados da ASA Paraíba em 2010?

Glória – Uma primeira coisa é que a gente vem percebendo que as dinâmicas microrregionais vêm se fortalecendo. Uma coisa específica aqui na Paraíba é que várias organizações estão trabalhando em territórios e microrregiões com temas mobilizadores ou temas emergentes. A ASA Paraíba tem pensado enquanto rede, não somente a partir da Rede Sementes e da Rede Água, mas também a partir de temas emergentes, como por exemplo, a questão de acesso aos mercados, a questão do papel das mulheres na promoção da agroecologia e da convivência com o Semiárido. Acredito também que o trabalho está se fortalecendo no campo da comunicação como uma ação estratégica de divulgação e intercâmbio de experiências inovadoras. Outra coisa é que várias organizações estão formulando e intervindo em políticas públicas de convivência e fortalecimento da agricultura familiar camponesa em suas dinâmicas, a exemplo das experiências ocorridas nas regiões da Borborema, do Cariri, Seridó, Curimataú, e Sertão da Paraíba. Outro aprendizado é que essas dinâmicas regionais estão estabelecendo diálogos para a construção de políticas públicas dentro dos Territórios de Cidadania e de Desenvolvimento Rural Sustentável.

Patrícia – Quais os desafios para 2011 no cenário do Estado?

Glória – Nesta direção, eu percebo como um desafio contribuir para o diálogo entre as diversas regiões no sentido de pensar o fortalecimento da rede estadual e da própria proposta política da ASA. Trazer essas iniciativas regionais que estão influenciando políticas públicas de convivência com o Semiárido e fortalecimento da agricultura familiar camponesa para serem debatidas e refletidas enquanto ASA Paraíba. Eu também acredito que a ASA precisa amadurecer mais e trazer pra dentro de seu projeto político a discussão das relações de gênero e geração. Então dentro do nosso processo de formação é necessário refletir, cada vez mais, sobre o papel das mulheres e da juventude na construção do projeto de convivência e da agroecologia no Semiárido. Outro desafio é a discussão da questão da terra. A Paraíba é um dos estados do Semiárido onde a concentração fundiária é muito forte. Então, a luta pela terra é algo que a ASA Paraíba e a ASA Brasil precisam encampar no seu programa de formação e na sua pauta política. A outra coisa também é o diálogo com outros fóruns e com outras articulações que também trabalham em defesa da convivência e da agricultura familiar camponesa. 

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