Resultado do boletim Candeeiro é sistematizado e apresentado em evento
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No II Encontro Cearense de Agroecologia, que aconteceu de 10 a 13 deste mês, em Juazeiro do Norte, na Região Caririense, o boletim informativo O Candeeiro foi apresentado como uma importante ferramenta de comunicação para a divulgação das ações de convivência com o Semiárido. O boletim é produzido pela Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA).
”O boletim valoriza a socialização e a troca de informações a partir da mobilização social no campo e firma esse instrumento como importante ferramenta de troca de experiências e aprendizados no Semiárido”, destaca o projeto O Candeeiro: estratégia de comunicação para a difusão da agroecologia no Semiárido, de autoria da comunicadora popular Rosa Nascimento e da secretária executiva da ASA no Ceará Renata Paz.
O Candeeiro conta a história de famílias ou comunidades que se organizaram em associações, foram beneficiados com tecnologias de armazenamento de água e começaram a produzir alimento para comer e vender. O boletim é produzido em todos os estados que a ASA atua por uma rede de comunicadores populares em parceria com as famílias cujas histórias estão sendo relatadas.
“O Candeeiro, mais do que um boletim, contém experiências de vida dos agricultores, que mesmo sem tantos conhecimentos tecnológicos, experimentam práticas produtivas que faz a diferença e garantem a autonomia das famílias, levando a uma condição de segurança e soberania alimentar.”, ressalta outro trecho do trabalho.
O boletim tem conseguido resultados positivos de difusão do conhecimento do agricultor e da agricultora. Um desses casos é relatado por Rosa e Renata: “Assim como dona Océlia, dona Maria de Fátima Ferreira Duarte, da comunidade Carnaúba, no município de Ocara – CE, também desenvolve um trabalho agroecológico, com plantação de hortaliças. No entanto, o trabalho desenvolvido pelas mulheres só se tornou conhecido, de uma para a outra através do Candeeiro. Dona Océlia atualmente sabe o que dona Fátima produz e dona Fátima tem conhecimento do trabalho que dona Océlia desenvolve. Além das duas manterem esta relação e troca de conhecimentos, pessoas de outras regiões do Ceará, como Tianguá e até de outros estados como Rio Grande do Norte, também têm a possibilidade de conhecerem suas experiências.”