Oficina discute estratégias de mobilização do projeto Cisternas nas Escolas

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Está acontecendo entre os dias 04 e 05 de novembro, na Serra do Estevão, em Quixadá, a Formação de Multiplicadores em Gestão de Cisternas nas Escolas. Participam da capacitação, coordenadores do Fórum Cearense pela Vida no Semiárido (FCVSA) e representantes das organizações da sociedade civil responsáveis pela execução dos programas Um milhão de Cisternas (P1MC) e Uma Terra e Duas Águas (P1+2).

A oficina é realizada pelo Fórum e tem como objetivo pensar estratégias para subsidiar a formação dos animadores, que mobilizará as famílias, educadores e estudantes para participar do processo de construção das cisternas.

Na mística de abertura do primeiro dia (04), os participantes partilharam os sentimentos de alegria pela continuidade das discussões, pelo reencontro e partilha dos conhecimentos e pela continuidade do processo de mobilização pela convivência sustentável com o semiárido.

O passo seguinte foi a apresentação das orientações para o trabalho com cisternas nas escolas. No outro momento, as instituições Defesa dos Direitos Humanos Dom Helder (CDDH), Cooperativa Mista de Trabalho, Assessoria e Consultoria Técnica (Comtacte), Associação Crista de Base (ACB), Centro de Estudos e Apoio ao Trabalhador/a (Ceat), Instituto Antonio Conselheiro (IAC) e Centro de Estudos do Trabalho e Assessoria ao Trabalhador/a (Cetra), socializaram a metodologia do processo de mobilização das comunidades nos programas P1MC e P1+2.

Para Cristina Nascimento, do Centro de Estudos do Trabalho e Assessoria ao Trabalhador/a (Cetra) e coordenadora da ASA pelo estado do Ceará, construir cisternas nas escolas, a partir das tecnologias já trabalhadas nos programas P1+2 e P1MC, demonstra o comprometimento das organizações que realizam as ações da Rede, com a dinâmica da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA), e exige empenho de cada um/a, para entender e construir a ação.

A construção de cisternas nas escolas, segundo o Fórum, deve ser trabalhada numa perspectiva de ampliação do debate pela convivência com o semiárido. Contribuição para além da ação que é pontual. “A gente precisa ter uma ação que é consequente, como fortalecer a permanência da juventude no campo, a partir dessa ação e de outras”, diz Alessandro Nunes, da Cáritas Brasileira Regional e coordenador do P1+2.

De acordo com os participantes, a ação é nova e desafiadora e levanta questionamentos como: Até que ponto as secretarias de educação vão continuar esta ação? Como monitorá-la? Como estar munidos/as de recursos para a discussão?

Mas, toda ação tem seu desafio, cada uma com sua peculiaridade. As cisternas nas escolas é um passo para expansão do trabalho de mobilização e chega como um ponto de partida para discutir a educação contextualizada e fortalecer a luta de permanência da escola no campo. No entanto, é necessário construir relações com o poder público, pais, alunos, professores e merendeiras para consolidar a ação.

 

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