Agricultores e agricultoras conhecem outras experiências de convivência

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Trinta agricultores e agricultoras atendidos pelo Programa Uma Terra e Duas Águas da Articulação no Semiárido (ASA), da microrregião de Santa Maria da Vitória no sertão baiano, visitaram três experiências de convivência com o Semiárido. O intercâmbio foi realizado de 25 a 29 de outubro e teve a realização da Associação Comunitária da Escola Família Agrícola Rural de Correntina e Arredores (Acefarca).

A partir da troca de conhecimentos dos participantes, o intercâmbio tinha como objetivo fortalecer a luta por um Semiárido agroecológico e sustentável.

Na Bahia, o grupo visitou a comunidade quilombola Lagoa das Piranhas, localizada a 18 km da sede do município de Bom Jesus da Lapa. “Ser reconhecido como quilombola foi uma luta difícil, árdua, mas graças aos esforços e coragem de lutar que conseguimos permanecer no nosso território”, diz seu Miguel Antônio de Souza, coordenador da Associação Lagoa das Piranhas.

A partir do momento em que os quilombolas reconquistaram seus espaços, a luta passou a ser contínua pela sobrevivência, buscando projetos e desenvolvendo atividades agropecuárias. Uma das atividades que mais se destaca é o plantio de hortaliças através da Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais). Outra atividade de suma importância para os quilombolas é a criação de peixes.

Outro trabalho conhecido pelos visitantes foi a experiência da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coorpecuc), localizada na sede do município de Uauá (BA).
 
A Coopercuc é uma instituição organizada pelos agricultores e agricultoras, que buscam desenvolver atividades agrícolas como o beneficiamento de frutos do umbu, goiaba, manga entre outros.

Atualmente a cooperativa conta com 16 grupos organizados em comunidades campesinas, tendo 144 produtores familiares que abarca três municípios, somando 300 famílias envolvidas no processo de industrialização.

Até o momento os agricultores (as) trabalham com o processamento de doce, geléia, polpa e suco, mas pretendem desenvolver produtos para sorvetes e outros.

Pernambuco – Em Petrolina, os agricultores e agricultoras visitaram a sede da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa Semiárido). A Embrapa Semiárido tem desenvolvido várias tecnologias que proporcionam aumento da produção e produtividade, bem como orientações sobre o manejo e cuidado com o solo sem agredir o meio ambiente.

Na Embrapa, os agricultores (as) visitaram tecnologias de convivência como semiárido que são disseminadas no Semiárido pela ASA, como a cisterna de 16 mil litros para consumo humano, a cisterna calçadão e a barragem subterrânea.
 
A experiência da Embrapa demonstra que a principal questão para conviver com Semiárido, além de ter acesso a terra e a água é saber realizar o trabalho, pois o conhecimento é essencial.

 

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