Organizações da ASA conquistam aprovação de projetos para agricultura familiar

As organizações pernambucanas Centro Sabiá e Caatinga, integrantes da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA), tiveram o projeto Riachos do Velho Chico, apresentado em parceria, aprovado no Programa Petrobras Ambiental. As ações irão fortalecer a atuação das instituições em seus territórios e a agricultura familiar no estado. 

O projeto, com duração de dois anos, será desenvolvido em Pernambuco nos territórios no Sertão Pajeú e do Araripe, no Semiárido pernambucano, com foco na revitalização das matas ciliares de riachos afluentes do Rio Pajeú e do Rio Brígida, que desaguam no Rio São Francisco. 

Nele, estarão presentes ações de educação ambiental com foco na conservação de recursos naturais, com o objetivo de criar condições de sensibilização e de construção coletiva do conhecimento. A iniciativa promoverá o envolvimento de jovens multiplicadores/as, agricultores e agricultoras, professores/as e estudantes de escolas municipais, mulheres e jovens de grupos comunitários.

A recomposição da mata ciliar será realizada na extensão de 15km, em 30m de margem de cada lado dos riachos, o que corresponde a 90 hectares revitalizados. Já as ações de preservação da mata ciliar existente ocorrerá ao longo de 19km, o que corrresponde a 114 hectares preservados.  

As ações do projeto envolverão diretamente 3.190 pessoas, de 18 comunidades dos municípios de Parnamirim, no Araripe, e Triunfo, no Pajeú. “É um projeto importante para a região com a dinâmica de recuperação de matas ciliares e que vem dinamizar uma ação de produção de mudas de espécies da Caatinga”, explica Maria Cristina Aureliano, coordenadora pedagógica do Centro Sabiá.   

O Centro Sabiá também aprovou o projeto Trabalho, Renda e Sustentabilidade no Campo, que foi apresentado pela instituição ao Programa Petrobras Desenvolvimento e Cidadania, será desenvolvido na Zona da Mata de Pernambuco.  

O projeto visa o fortalecimento das atividades de produção agrícola de base agroecológica, beneficiamento e agregação de valor à produção e comercialização de produtos saudáveis. O projeto envolverá um grupo de 285 agricultores e agricultoras, de sete assentamentos rurais nos municípios de Barreiros, Rio Formoso, Ribeirão e Sirinhaém. 

O projeto também prevê um trabalho de Assessoria Técnica-Pedagógica (ATP) às famílias visando desencadear um processo de disseminação das práticas de produção sustentáveis na agricultura familiar. 

Os programas da Petrobras aprovaram um total de 157 projetos, sendo 113 projetos aprovados pelo Programa Petrobras Desenvolvimento e Cidadania, onde 27 têm foco na agricultura familiar. E 44 projetos aprovados pelo Programa Petrobras Ambiental. “Alguns desses projetos aprovados são de organizações que fazem parte da ASA e ANA (Articulação Nacional de Agroecologia), o que certamente fortalecerá nossas articulações”, ressalta Alexandre Henrique Pires, coordenador local do Centro Sabiá na Zona  da Mata de Pernambuco.

Entre outros projetos de organizações que compõem a ASA e a ANA aprovados nos editais estão:

– Agricultura Familiar Periurbana: gerando trabalho e renda em comunidades empobrecidas da Região Metropolitana do Rio de Janeiro – AS-PTA

– Novas Rendas Sertanejas – CAATINGA

– Tecendo um Nordeste Solidário: mulheres rurais e urbanas fortalecendo sua cidadania e autonomia econômica – Casa da Mulher do Nordeste

– Frutos da Agrofloresta – gerando alimentos, renda e cidadanias entre famílias agricultoras e quilombolas – Associação dos agricultores agroflorestais de Barra do Turvo e Adrianópolis