ONG que faz parte da ASA lança especial “Histórias de Vida e Cidadania no Semiárido”

A organização pretende compartilhar experiências que buscam a garantia de políticas públicas para o Semiárido brasileiro por meio de ações voltadas ao acesso à água potável, à segurança alimentar, ao saneamento e à preservação do meio ambiente.

Na publicação e no audiovisual são retratadas iniciativas que colaboram com a construção de referenciais de políticas públicas e com o desenvolvimento de metodologias para a agricultura familiar agroecológica. A caatinga é o cenário onde os/as agricultores/as atuam com respeito à convivência com a diversidade local, sua cultura, o meio ambiente e às relações sociais de gênero.

A abertura do evento vai contar com a participação de representantes de organizações da sociedade civil, agências de cooperação e órgãos públicos que desenvolvem ações voltadas para agricultura familiar e a preservação ao meio ambiente, além da apresentação cultural do cantador Diomedes Mariano e de um coquetel. 

Segurança alimentar, renda e inclusão social – Desenvolvido pela Diaconia, o projeto beneficia 560 famílias com o desenvolvimento de tecnologias que promovem a adaptação da vida e do sistema de produção de alimentos ao Semiárido.

Através do projeto, financiado pela Tearfund e União Européia, foram construídas 300 cisternas para o armazenamento de água que é usada para o consumo familiar e produção de alimentos, implantadas três unidades de beneficiamento de frutas, 30 viveiros e mais de 150.000 mil mudas para a plantação de árvores forrageiras, frutíferas e espécies nativas. Também foram construídos 150 banheiros em residências rurais.

Dados publicados na revista apotam que o Rio Grande do Norte, localizado no Semiárido nordestino, é marcado pelos altos índices de exclusão. A população rural sofre com a dificuldade de acesso à água e à segurança alimentar. Segundo dados do Unicef, a falta de água tem forte repercussão na vida das crianças e adolescentes, sobretudo na saúde, devido às precárias condições sanitárias: 38,47% das casas onde residem crianças e adolescentes não têm saneamento básico.

O desenvolvimento do projeto também viabilizou a formação de fóruns de políticas públicas nos municípios, atividades com grupos de jovens apicultores e a formação de associação de mulheres. Além disso, a iniciativa propiciou a geração de renda por meio do cultivo de hortas orgânicas e comercialização em feiras de produtos agroecológicos.

O projeto é totalmente realizado em bases sustentáveis e tem como premissa a valorização do saber popular. A formação e capacitação dos agricultores proporciona o protagonismo de agricultoras e agricultores no processo de desenvolvimento local, através da sua integração em ações sociais e políticas.