Plantando as sementes da Esperança no Estado da Paraíba
Terra para plantar e água para produzir alimento. É assim que o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) vem estimulando as famílias da Paraíba beneficiadas com as cisternas calçadão a captar água de chuva, armazená-la e utilizá-la para produzir o alimento para a família. Além do benefício da cisterna, as famílias estão sendo capacitadas sobre o manejo da água para produção agrícola ao redor de casa, espaço onde as mulheres já têm um domínio nas práticas de manejo da água e onde foram instaladas as cisternas calçadão.
Para instigar o processo de produção de alimentos, o programa está repassando para as famílias um conjunto de materiais para instalação dos canteiros econômicos, regadores, telas e insumos como sementes de hortaliças, pequenos animais e mudas de plantas frutíferas, medicinais e arbóreas.
Durante todo o mês de setembro, as famílias puderam receber os seus kits nos oito encontros municipais na região de atuação da Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa (AS-PTA): Remígio, Solânea, Queimadas, Casserengue, Cacimba de Dentro, Barra de Santa Rosa, Picuí e Nova Palmeira. O objetivo dos encontros municipais foi entregar as sementes e os Kits de irrigação por gotejamento, além de promover uma reflexão sobre o uso desses equipamentos.
Segundo José Camelo da Rocha, assessor técnico da AS-PTA e coordenador do Programa na organização, as famílias receberam durante o encontro orientação sobre os cuidados com o semeio para evitar desperdício de sementes, com o transplante e com o manejo de capina e irrigação. Foi um momento importante para verificar a satisfação das famílias com o beneficio recebido. Praticamente todas já haviam plantado alguma verdura ao redor da cisterna com sementes adquiridas por elas ou doadas pelos vizinhos.
Algumas mencionaram com entusiasmo que além de estar se alimentando melhor com as verduras produzidas, também já ganharam dinheiro vendendo nas feiras agroecológicas em Queimadas, Solânea e Remígio e também na vizinhança, reforçou José Camelo.
Para Dona Irene, da comunidade de Bom Sucesso, no município de Solânea, o kit vai permitir que ela amplie a produção. “Agora é que vamos melhorar ainda mais a nossa produção”, disse Dona Irene.
Durante os encontros, os agricultores/as beneficiados/as com os kits ajudaram outros agricultores/as que ainda não foram beneficiadas pelo P1+2, mas que já produzem ao redor de casa com a pouca água disponível. Isto abriu a discussão junto aos agricultores/as da necessidade de criar bancos comunitários de sementes de hortaliças para buscar a sustentabilidade da produção e do arredor de casa.
