Oficina trabalha gestão da água de cisternas nas escolas rurais
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Nos dias 20 e 21 de setembro as Unidades Gestoras Microrregionais da Articulação no Semi-Árido Baiano (ASA Bahia) participam da Oficina com Multiplicadores em Gestão de Cisternas, no Centro Diocesano, no Bairro do Papagaio, em Feira de Santana. A atividade faz parte do Projeto Cisterna nas Escolas, que irá construir 290 reservatórios de captação de água nas escolas rurais do Semiárido baiano.
Participa da formação, a equipe técnica e administrativa das UGMs envolvidas na execução do projeto. Para Camila Souza, coordenadora técnica no projeto pela UGM Movimento de Organização Comunitária (MOC), será um desafio novo trabalhar com a cisterna no âmbito escolar, por isso, a importância de toda equipe está inserida nesse momento.
“Vamos trabalhar com abastecimento da cisterna em parceria com o poder público, por isso, a participação e a fiscalização por parte da comunidade será essencial para garantir não somente quantidade, mais a qualidade da água para os alunos durante todo o ano”, afirma Camila Souza.
A oficina tem como objetivo formar multiplicadores que possam contribuir para a construção de uma metodologia de trabalho com as cisternas no contexto escolar, e replicá-la com professores, coordenadores, merendeiras, a fim de terem um melhor aproveitamento da tecnologia. As equipes das sete entidades executoras do projeto estão discutindo a proposta em grupos de trabalho. Alguns vídeos didáticos que apontam os cuidados e o manuseio da cisterna também estão contribuindo com esse processo de formação.
Para Geremilson Santos de Souza, animador técnico do Centro de Convivência e Desenvolvimento Agroecológico do Sudoeste da Bahia (CEDASB), UGM de Vitória da Conquista, esse é um momento impar para a entidade. “Para a CEDASB é um momento impar executar o projeto na região Sudoeste. Estamos reunidos para refletir formas de diálogos com todas as esferas de gestão, pois, se queremos transformar o acesso à água em política pública, é necessário o envolvimento e o compromisso com gestores públicos e a participação da comunidade”.
Cisterna como instrumento pedagógico – A presença da cisterna na escola não irá servir apenas como recipiente que armazena água para matar a sede das crianças e dos adolescentes do Semiárido. Ela deve ser considerada mais um elemento de transformação social e cultural na vida dos alunos. Os multiplicadores pretendem trabalhar a ideia de que ela pode ser usada como instrumento pedagógico durante as aulas nas mais diversas disciplinas, a partir de uma metodologia de ensino que leve em consideração o contexto do aluno, uma vez que a cisternas de consumo e produção já fazem parte da realidade de muitas famílias e agora ela irá fazer parte de um novo espaço, a escola.